Harpista e fadistas na corrida ao Prémio Novos Talentos Ageas
A harpista Maria Sá Silva e os fadistas Beatriz Felício e José Geadas são os três finalistas do Prémio Novos Talentos Ageas 2021, anunciou hoje a Casa da Música.
© Reuters
País Talento
Os três finalistas foram escolhidos pelo público, através de boletim de voto, durante os vários concertos realizados em 2021, explicou o coordenador de programação da Casa da Música, André Quelhas, durante uma conferência de imprensa, que decorreu hoje naquela instituição cultural do Porto.
A final está marcada para o domingo, pelas 18:00, na Casa da Música, e a escolha do vencedor vai ser, novamente, da responsabilidade do público presente no concerto.
O Prémio Novos Talentos Ageas é uma parceria do Grupo Ageas Portugal com a Fundação Casa da Música e tem como objetivo distinguir e incentivar o trabalho de jovens músicos com idade até 35 anos, de todos os géneros musicais, nas áreas da criação, interpretação e/ou desempenho em palco.
Maria Sá Silva começou aos 7 anos de idade no mundo da música, iniciando os estudos no Conservatório de Música do Porto na classe de Áurea Guerner.
Em 2019, terminou a licenciatura em Harpa, na Civica Scuola de Música Claudio Abbado (Milão), tendo como professoras Irina Zingg, Mara Galassi (harpa barroca) e Luisa Prandina (primeira harpa da Orquestra do Teatro alla Scala).
Em julho de 2021 foi premiada no Concurso de Interpretação do Estoril, e, em agosto do mesmo ano, apresentou-se a solo no CCB com a Orquestra de Câmara Portuguesa, sob a direção de Pedro Carneiro.
O guitarrista e fadista José Geadas "está ligado ao mundo da música desde criança" e aos 9 anos foi vencedor da Grande Noite do Fado de Lisboa.
"Desde muito novo que comecei a cantar fado [...] e depois comecei a tocar guitarra portuguesa e neste momento estou a assumir-me fadista e guitarrista em prol do fado", disse, na conferência de imprensa, José Geadas.
José Geadas foi convidado para fazer um espetáculo a solo, na qualidade de representante de Portugal, no Festival de Fado e Flamenco em Badajoz, em 2011, e nesse mesmo ano concorreu ao programa "Eu Nasci Para o Fado", da RTP 1, e foi escolhido para integrar o elenco do musical "Fado História de Um Povo".
Beatriz Felício, psicóloga de formação académica, conta que desde criança se encantou com o mundo da música, tendo participado em alguns programas de televisão, como "Uma Canção Para Ti" (2011), "Grande Prémio do Fado", "The Voice Portugal" (2015) e "Festival da Canção" (2017).
"A música nasceu comigo, ninguém na minha família canta. O fado não era o tipo de música que se ouvia lá em casa. Canto desde que me lembro, mas foi aos 7 anos, quando vi um espetáculo da Amália Rodrigues na RTP, que tive contacto pela primeira vez com o fado. Os meus pais contam que fiquei parada no meio da sala a tentar cantar o que estava a ouvir. No início não percebiam o meu gosto e a minha vontade de cantar fado, mas rapidamente lhes disse que queria ser fadista", segundo a artista.
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