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Amigos improváveis. Marcelo conduziu maca de Ferro Rodrigues no hospital

Num registo mais descontraído, longe do que nos habituámos a ver, Ferro Rodrigues fez uma retrospectiva da sua vida na RTP.

Amigos improváveis. Marcelo conduziu maca de Ferro Rodrigues no hospital

Eduardo Ferro Rodrigues foi o protagonista do programa 'Primeira Pessoa' desta segunda-feira, na RTP. Numa entrevista guiada por Fátima Campos Ferreira, em Évora, recordou os tempos que ali passou com a família, revisitou a vida política e ainda a amizade com Marcelo. 

Depois de falar do pai, conhecido guionista e humorista, recorda o episódio dos "mascarados" do 25 abril - declarações no âmbito das comemorações com máscaras cirúrgicas - e diz que na política é complicado fazer humor, colocando-se "pé na poça com muita facilidade". Entre risos, referiu ainda a "ida massiva" a Sevilha, outro episódio polémico também no âmbito da pandemia. 

Numa retrospetiva de vida, recorda um episódio, em 1973, quando passou 12 dias na prisão de Caxias, na sequência de uma manifestação contra a Guerra Colonial. Aqui, frisou o apoio que sempre teve dos pais. 

A conversa segue e são revisitados temas como o romper de laços e "desgosto" com Jorge Sampaio bem como o caso Casa Pia. Aqui, Ferro diz que este foi baseado em "calúnias", sendo este um tema que o marcou profundamente e sobre o qual quer evitar falar, ressalvando que o caso foi dirigido por "incompetentes do Ministério Público". 

Recordando os últimos anos de "geringonça", diz que nunca precisou de moderar António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa, uma vez que estes se dão bem. Sobre a amizade com Marcelo, explicou como é "improvável", mas que há um "relacionamento pessoal muito forte".

"Eu com Marcelo tinha tido sempre uma relação conflitual", recordando até quando foi apelidado de "aselha". Entre risos, levanta ainda o véu sobre um episódio em que Marcelo lhe empurrou a maca no hospital, aquando de uma cirurgia. 

"Foi já depois da operação, num dia de um Sporting-Benfica. As pessoas do hospital queriam ver o Presidente e quando ele percebeu que eu estava em pulgas para ir para o quarto, conduziu-me a maca. Foi muito divertido. Os doentes e enfermeiras e médicos vieram observar aquilo. Vá lá que ninguém tinha uma máquina fotográfica. Ele foi extraordinário nessa altura", disse em entrevista à RTP. O antigo presidente da Assembleia da República foi operado a um pulmão, em 2018, sendo que o Presidente da República foi uma das primeiras visitas que recebeu. 

Ressalvando que a viagem política não está terminada - embora a parlamentar esteja - diz que há falta de tolerância no meio "sobretudo porque agora vamos para porto desconhecido" sobre como melhor aproveitar fundos europeus. 

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