Em comunicado, o presidente do OSCOT, Rui Pereira, aponta como "dado muito positivo" o decréscimo da criminalidade participada em 2013.
No entendimento de Rui Pereira, isso mostra que Portugal "continua a ser um país seguro, no contexto da Europa e do mundo", independentemente da percentagem de crimes que não são participados e, por isso, não são investigados, mesmo no caso dos crimes públicos.
"Todavia, a realização de um inquérito de vitimização constituiria um instrumento útil, no presente contexto, para definir as políticas de segurança mais eficazes e eficientes", propõe.
Por outro lado, Rui Pereira afirma que na perspetiva do OSCOT há uma "preocupação em relação a fenómenos criminais que têm vindo a registar uma tendência contraditória para o crescimento, tais como a violência doméstica, o roubo a bancos, postos de abastecimento de combustível, transportes públicos, estações de correio e farmácias e os raptos e sequestros".
O observatório defende, por isso, que seja feita uma avaliação ao crescimento deste tipo de crimes, apontando que "pode estar associada à crise económica e social que o país atravessa", e que seja criado um programa de policiamento e prevenção.
Por outro lado, o OSCOT "saúde calorosamente os membros dos serviços e forças de segurança que tornaram este resultado possível", estendendo essa saudação aos juízes e magistrados do Ministério Público, às Forças Armadas e à Proteção Civil.
Segundo o relatório, divulgado na sexta-feira, a criminalidade violenta e grave desceu 9,5% em 2013, enquanto a criminalidade geral diminuiu 6,9%.