De acordo com o responsável, uma equipa já partiu de Portugal para trazer este grupo de refugiados, que deixou a Ucrânia devido à invasão russa e encontra-se, neste momento, na Roménia.
Os cidadãos ucranianos vão ficar na casa-abrigo de Mem Soares durante "os primeiros dias, até terem a sua situação resolvida" com o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), a Segurança Social e o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
E, "depois de descansarem" no espaço que foi cedido pela Diocese de Portalegre e Castelo Branco, "vão para outros locais", disse.
De acordo com o presidente da Cáritas Diocesana de Portalegre - Castelo Branco, as pessoas deverão, então, ser distribuídas pela Santa Casa da Misericórdia de Portalegre, por apartamentos pertencentes à câmara e por famílias de acolhimento.
"Já temos também três ofertas de emprego" e "estamos à espera de mais uma oferta", pelo que "as coisas estão a caminhar muito bem", sublinhou.
Elicídio Bilé explicou que esta operação está a ser desenvolvida pela Cáritas, em parceria com a diocese, Santa Casa da Misericórdia de Portalegre, Município de Portalegre e delegação local da Cruz Vermelha.
Em relação à alimentação, o responsável explicou que está, nesta altura, a ser desenvolvida uma campanha junto da comunidade e dos estabelecimentos de restauração, no sentido de pedir alimentos.
"No dia em que chegarem já temos uma refeição quente para ser servida", frisou, indicando que está "tudo preparado" para "os primeiros três ou quatro dias" do acolhimento dos refugiados na Casa Diocesana de Mem Soares.
No entanto, o presidente da Cáritas Diocesana de Portalegre - Castelo Branco alertou que, depois, quando os refugiados abandonarem a casa-abrigo e forem distribuídos pelas instituições e famílias de acolhimento, "tem de ser garantida" a alimentação, bem como os produtos de higiene pessoal e roupas.
Elicídio Bilé acrescentou ainda que, no dia em que chegarem, os refugiados vão efetuar um teste de despistagem à covid-19 e está igualmente garantida a vacinação de todos aqueles que não estejam ainda vacinados contra o coronavírus SARS-CoV-2.
"Eu penso que conseguimos uma boa organização, com a colaboração de todas as entidades", acrescentou.
A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 691 mortos e mais de 1.140 feridos, incluindo algumas dezenas de crianças, e provocou a fuga de cerca de 4,8 milhões de pessoas, entre as quais três milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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