"Nós recebemos dezenas de denúncias de professores, mas imaginamos que esta seja apenas a ponta de um icebergue", disse à Lusa o coordenador do STOP, André Pestana, não conseguindo avançar com um número concreto de docentes eventualmente lesados com o "enorme atraso no pagamento das atualizações salariais".
Estes professores subiram de escalão profissional no ano passado, mas "continuam sem a respetiva atualização salarial, nem sequer têm qualquer resposta por parte da tutela sobre a situação", acrescentou.
André Pestana alertou para o facto de esta situação poder acarretar outro problema: "Os professores deveriam estar a receber mais desde setembro do ano passado. Tal não aconteceu e se, entretanto, receberem com efeitos retroativos, isso poderá significar uma subida artificial de escalão do IRS".
O STOP considera "perverso" o eventual pagamento de mais impostos, porque a subida de escalão "não corresponde ao aumento salarial" e o "infrator, que é o Governo, vai sacar mais impostos, lesando os docentes que não tiveram qualquer responsabilidade".
A Lusa contactou o gabinete de imprensa do Ministério da Educação, mas não obteve qualquer resposta até ao momento.
Segundo André Pestana, também o STOP solicitou há mais de uma semana um esclarecimento ao Ministério da Educação, pedindo que a situação fosse "corrigida o mais rapidamente possível", mas até ao momento não obteve qualquer resposta.
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