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Comissão pede a vítimas de abuso sexual na Igreja que denunciem crimes

Criadas linhas abertas através de um contacto telefónico e e-mail para pessoas que tenham sido vítimas de abusos entre os 0 e os 18 anos no período de 1950 a 2022.

Notícias ao Minuto

11:15 - 11/01/22 por Notícias ao Minuto

País Igreja Católica

A Comissão Independente para o Estudo de Abusos Sexuais contra as Crianças na Igreja Católica em Portugal apela a que todas as vítimas ou testemunhas de abuso sexual no seio da Igreja Católica Portuguesa enquanto menor, no período de 1950 até ao presente ano, denunciem os atos

Para isso, foram criadas linhas abertas através de um contacto telefónico (917 110 000) e e-mail (geral@darvozaosilencio.org), de forma a facilitar estas denúncias. 

“Foi vítima de abusos sexuais durante a sua infância e adolescência (até aos 18 anos), praticados por membros da Igreja católica portuguesa ou pessoas que para ela trabalham? Dê o seu testemunho. Faça-o com total garantia do nosso sigilo profissional e do seu anonimato”, refere o organismo.

Foi, inclusive, criada uma nova página online - a que pode aceder aqui - para que toda a informação esteja disponibilizada e clara para todos.

Pedro Strecht, coordenador do organismo, disse aos jornalistas, numa apresentação pública da equipa e plano de trabalho, que a comissão existe “para estar ao lado das pessoas" tendo "disponibilidade total para as escutar, a seu tempo e com tempo” porque "todas contam". 

Nas linhas abertas, referidas acima, é possível responder a um inquérito online e "agendar um encontro presencial com membros da comissão, mediante marcação prévia por contacto telefónico", indica o site da agência Ecclesia. 

Pedro Strecht assinalou ainda que a Comissão Independente recebeu, por parte da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), total “autonomia” e confiança para “organizar e levar a bom termo” o seu trabalho. 

A recolha de testemunhos decorrerá até ao final de 2022. A missão 'Dar voz ao silêncio' tem por objetivo “ter uma noção dos números” de casos que aconteceram entre 1950 e 2022, para um estudo que não procederá a reparações financeiras nem judiciais, mas que pode dar ajudar as vítimas a quebrar o silêncio e libertar-se de um sofrimento pessoal, disse esta segunda-feira o coordenador.

Pedro Strecht referiu que "apenas o ter alguém com quem falar" pode ser "absolutamente marcante" na "viragem emocional" na vida de uma pessoa.

"A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) depositou nesta comissão uma total autonomia e total confiança que nos dá a certeza de podermos a partir de agora de trabalhar o melhor possível para honrar os compromissos para os quais fomos investidos", afirmou, sublinhando por diversas vezes ao longo da conferência de imprensa uma ideia de abertura e colaboração da igreja católica no processo que agora se inicia e que decorre até 31 de dezembro de 2022.

No final, os casos serão analisados e tipificados por situações. 

Leia Também: Comissão vai estudar abusos na igreja católica

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