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Máscaras e confinamentos a 'caminho'? O que disseram peritos e políticos

Miguel Guimarães, Marcelo Rebelo de Sousa, António Costa e Pedro Siza Vieira comentaram, esta segunda-feira, a situação epidemiológica em Portugal e o que, eventualmente, poderá vir a ser (novamente) implementado no nosso país devido à pandemia da Covid-19.

Máscaras e confinamentos a 'caminho'? O que disseram peritos e políticos
Notícias ao Minuto

09:01 - 17/11/21 por Notícias ao Minuto

País Covid-19

Já na manhã de ontem o Bastonário da Ordem dos Médicos tinha defendido a ideia. As máscaras devem voltar a ser usadas, em Portugal, em todos os "espaços fechados". Ao final do dia, a intenção foi 'repetida' por Marcelo Rebelo de Sousa, mas em relação à rua: deve ser retomado o uso obrigatório? "Isso, claro, isso é evidente".

Com uma reunião no Infarmed, esta sexta-feira, onde políticos e especialistas irão decidir os próximos passos (e as próximas eventuais medidas) a tomar face à pandemia, importa perceber o que é defendido por personalidades dos vários quadrantes.

Miguel Guimarães considerou, esta terça-feira, em direto na SIC Notícias, que, "neste momento, o que nós temos de fazer é reativar aquilo que são as medidas de proteção individual e coletiva", como "a utilização da máscara em espaços fechados, o distanciamento social e a lavagem frequente das mãos". 

E vincou: "O Governo tinha decidido que continuávamos a utilizar máscara nos centros comerciais, mas deixávamos de utilizar nas 'lojas de rua'. Não faz sentido. Uma loja [destas] que tenha 20 ou 30 pessoas está completamente cheia. É pior que, se calhar, 200 ou 300 num centro comercial". 

Já ao final da manhã, António Costa ressalvou que o nosso país não pode "estar a descansar à sombra da vacinação", não querendo, ainda assim, "antecipar ou especular" sobre o que se decidirá na sede do Infarmed, em Lisboa. Esta servirá para uma "avaliação da situação" e perceber que "medidas são necessárias tomar". 

"Acho que, obviamente, não é previsível que se tenham de tomar outra vez medidas com a dimensão que tivemos no passado", destacou o primeiro-ministro, referindo não antecipar "que tenhamos que adotar medidas que impliquem a existência do estado de Emergência". 

E Marcelo Rebelo de Sousa numa breve intervenção, ao início da noite desta terça-feira, comentou os números mais recentes da pandemia no país, mas considerou ser necessário "esperar pela reunião no Infarmed" para obter 'avanços' sobre eventuais 'regras' a implementar.

Ainda assim, e questionado junto ao Teatro Municipal São Luiz, em Lisboa, sobre se entende que deve ser retomado o uso obrigatório de máscara na rua, não hesitou: "Isso, claro, isso é evidente". Mas "vamos ponderar calmamente, serenamente. Temos uma vacinação que não tínhamos. E depois se atuará em conformidade", acrescentou. 

"Não vale a pena antecipar cenários radicais"

O ministro de Estado, Economia e Transição Digital, Siza Vieira, disse, esta segunda-feira, estar convencido de que não serão necessários novos confinamentos nem "cenários radicais" como está a acontecer noutros países para conter a evolução da pandemia de Covid-19.

Segundo acrescentou, "do ponto de vista de saúde pública", o país está "numa situação bastante diferente" relativamente ao ano passado com uma "elevada taxa de vacinação" que protege a população portuguesa "relativamente a uma maior incidência grave da doença" e ao número de óbitos.

"Portanto, não me parece que estejamos em cenários radicais que até alguns outros países europeus com mais baixas taxas de vacinação estão a encarar", sublinhou Siza Vieira.

Recorde-se que António Costa, convocou, já para esta semana, uma reunião no Infarmed sobre a evolução da situação epidemiológica da Covid-19 em Portugal. A reunião está prevista para as 15h, tendo a participação pela parte política do chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, do presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, e de representantes dos partidos com representação parlamentar.

A última reunião no Infarmed, em Lisboa, realizou-se no passado dia 16 de setembro, numa conjuntura em que Portugal registava progressos acentuados na evolução da taxa de vacinação, uma redução da incidência e do índice de transmissão (Rt) da Covid-19.

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