Hells Angels. Tribunal liberta 37 membros em prisão domiciliária
Acusação considera que os arguidos dos Hells Angels elaboraram um plano para aniquilar o grupo rival 'Red & Gold', da estrutura motard 'Los Bandidos', em março de 2018.
© Reuters
País Hells Angels
O Tribunal de Loures libertou, esta segunda-feira, os 37 membros dos Hells Angels que se encontravam em prisão domiciliária, avança a SIC Notícias. Os magistrados consideraram que não seria possível terminar o julgamento sem que o prazo máximo desta medida de coação fosse atingido.
De acordo com o despacho do tribunal, a que a Lusa teve acesso, assinado pela juíza presidente Sara Pina Cabral, "não se vislumbra como possível que o julgamento em primeira instância alcance o seu 'terminus' dentro do prazo máximo legalmente estabelecido para a vigência das aludidas medidas de coação".
Por considerar que ainda existe "o alarme social associado à gravidade dos factos e o concreto perigo de continuação de atividade criminosa", o tribunal decidiu aplicar a estes arguidos a obrigação de apresentação periódica semanal no órgão de polícia criminal das respetivas residências, à exceção de dois arguidos que vivem no estrangeiro e de outro que está sob obrigação de permanência na habitação com vigilância eletrónica por um outro processo.
A revogação das medidas de coação até agora em vigor para estes arguidos abrange, além da prisão domiciliária, a proibição de se ausentarem para o estrangeiro sem autorização do tribunal, de contactos entre si ou por interposta pessoa, de contactos com assistentes, ofendidos ou testemunhas e de se deslocarem e permanecerem em locais de concentrações de 'motards'.
Recorde-se que a acusação considera que os arguidos dos Hells Angels elaboraram um plano para aniquilar o grupo rival 'Red & Gold', da estrutura motard 'Los Bandidos', em março de 2018, com recurso à força física e a várias armas (facas, bastões, machados) para lhes causar graves ferimentos, "se necessário até a morte".
Os 88 arguidos do processo Hells Angels estão acusados de crimes graves, incluindo associação criminosa, depois de o Tribunal Central de Instrução Criminal ter decidido, em outubro de 2020, pronunciar todos os arguidos "nos exatos termos da acusação", sendo que agravou a medida de coação imposta a muitos dos arguidos, colocando vários deles em prisão domiciliária.
[Notícia atualizada às 15h03]
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