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Igreja Católica diz que é tempo de fiéis regressarem aos templos

A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) defendeu hoje que é tempo de, nas cerimónias religiosas ou atividades pastorais, "ir retomando uma maior participação dos fiéis, abrandando de forma ponderada os distanciamentos e os limites impostos à lotação das igrejas".

Igreja Católica diz que é tempo de fiéis regressarem aos templos
Notícias ao Minuto

17:07 - 30/09/21 por Lusa

País Covid-19

Num documento com orientações para a nova fase de desconfinamento, que entram em vigor na sexta-feira, a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) informa que se devem manter "a higienização das mãos e uso da máscara" e que, nas missas, "para facilitar a perceção auditiva, os sacerdotes e demais ministros poderão retirar a máscara para a proclamação da Palavra, desde que haja uma distância suficiente das pessoas colocadas diante deles".

"A recolha da coleta poderá realizar-se no momento do ofertório, observando-se as devidas normas de segurança e de saúde" e "a saudação da paz, que é facultativa, continua suspensa", acrescenta o documento intitulado "Liberdade responsável no Culto e nas atividades pastorais".

Já na comunhão, "em que os comungantes têm de retirar a máscara, o ministro deve utilizá-la" e a partícula deve ser dada aos fiéis apenas na mão e não na boca.

Quanto aos restantes sacramentos, a orientação da CEP aponta no sentido de serem retomadas "as prescrições dos livros litúrgicos".

Assim, por exemplo, na confissão deve ser assegurada "suficiente distância entre o confessor e o penitente, devendo ambos usar máscara, mas sem comprometer quer o diálogo sacramental, quer o seu sigilo".

"Antes e depois dos ritos que comportem algum contacto físico com pessoas ou objetos, os ministros devem proceder à higienização das mãos. Nos velórios, a prática da aspersão supõe a mesma cautela. Se não for possível garantir esse procedimento, é preferível retirar a caldeirinha e usá-la apenas no Rito da Encomendação", lê-se no documento hoje divulgado pela Conferência Episcopal, o qual acrescenta que "as pias de água benta junto às entradas da igreja continuarão vazias".

Por outro lado, "as atividades pastorais como catequese e outras ações formativas, reuniões, ajuntamentos, iniciativas culturais e de restauração, bem como peregrinações, procissões, festas, romarias, concentrações religiosas, acampamentos e outras atividades similares, seguirão as regras previstas pelas autoridades competentes para situações educativas, sociais e culturais semelhantes", refere o documento.

A CEP aproveita para manifestar "reconhecimento a quantos deram um contributo significativo neste duro combate pela saúde, que ainda não terminou".

"Diante do Deus da Vida, em atitude de oração, fazemos memória dos inúmeros irmãos e irmãs que mais sofreram com esta pandemia e suas consequências, sobretudo daqueles que faleceram e suas famílias", escrevem os bispos portugueses.

Estas orientações, que revogam as que a CEP assumira em 08 de maio de 2020, surgem quando, "mantendo-se o apelo a um comportamento responsável, o país assiste ao termo ou mitigação de muitas das medidas de proteção à saúde pública que comportavam restrições aos direitos e liberdade dos cidadãos, nomeadamente na vida social, económica e cultural", pelo que "é tempo, também, de rever algumas das orientações dadas (...) em diálogo com as autoridades de saúde, e que comportavam algumas exceções à liberdade religiosa e ao direito concordatário vigentes".

A covid-19 provocou pelo menos 4.771.320 mortes em todo o mundo, entre 233,23 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 17.975 pessoas e foram contabilizados 1.069.279 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

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