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Mandado de captura de Rendeiro com base na "confissão" de fuga em blogue

Num texto publicado no Arma Crítica, o ex-banqueiro diz que se tornou "bode expiatório de uma vontade de punir os que, afinal, não foram punidos".

Mandado de captura de Rendeiro com base na "confissão" de fuga em blogue

© Global Imagens

Notícias ao Minuto
30/09/2021 08:48 ‧ há 4 anos por Notícias ao Minuto

A juíza que condenou João Rendeiro a dez anos de prisão pediu, esta quarta-feira, que fosse emitido um mandado de captura em nome do ex-presidente do Banco Privado Português (BPP) com base na "confissão" pública que fez de que não tinha intenções de se apresentar à justiça, tornada pública através de um texto no seu blogue, avança a TVI24

De recordar que Rendeiro, condenado na terça-feira a prisão efetiva num processo por crimes de burla qualificada, diz que não pretende regressar a Portugal por se sentir injustiçado e vai recorrer a instâncias internacionais.

Num artigo publicado no seu blogue Arma Crítica, João Rendeiro revela que já pediu ao advogado para comunicar a decisão à justiça portuguesa e diz que se tornou "bode expiatório de uma vontade de punir os que, afinal, não foram punidos".

"É uma opção difícil, tomada após profunda reflexão. Solicitei aos meus advogados que a comunicassem aos processos e quero por esta via tornar essa decisão pública", escreve.

O ex-presidente do Banco Privado Português saiu da Europa para fugir à Justiça portuguesa e não cumprir a pena a que foi condenado. O antigo banqueiro tinha informado as autoridades judiciárias que ia passar uns dias a Londres, em Inglaterra. Rendeiro viajou para Londres este verão e, uma vez lá, saiu para um país fora da Europa, não tendo intenção de regressar a Portugal.

O colapso do Banco Privado Português

O colapso do BPP, banco vocacionado para a gestão de fortunas, verificou-se em 2010, já depois do caso BPN e antecedendo outros escândalos na banca portuguesa. Apesar da sua pequena dimensão, teve importantes repercussões devido a potenciais efeitos de contágio ao restante sistema quando se vivia uma crise financeira.

Na vertente judicial, vários gestores do BPP têm sido condenados pelos tribunais e com penas pesadas, destacando-se o presidente João Rendeiro.

Em maio deste ano, o tribunal condenou Rendeiro a 10 anos de prisão efetiva. Foram ainda condenados Salvador Fezas Vital a nove anos e seis meses de prisão, Paulo Guichard a também nove anos e seis meses de prisão e Fernando Lima a seis anos de prisão.

As condenações foram pelos crimes de fraude fiscal, abuso de confiança e branqueamento de capitais e resultam de um processo extraído do primeiro megaprocesso de falsificação de documentos e falsidade informática.

Já anteriormente, em outro processo também relacionado com o BPP, Rendeiro tinha sido condenado a cinco anos e oito meses de prisão efetiva.

Leia Também: João Rendeiro foge em jato privado para não deixar rasto do destino

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