Radiografia à Educação: Menos alunos, mais professores e menos chumbos

Relatório 'Educação em Números' agrega os números relativos a alunos, docentes, estabelecimentos e recursos tecnológicos. Dados apontam para uma redução do número de estudantes em 2019/2020, reflexo da demografia, um aumento do número de professores (sete mil nos últimos cinco anos) e uma "melhoria global dos resultados na diminuição das taxas de retenção e desistência".

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Melissa Lopes
30/07/2021 16:51 ‧ 30/07/2021 por Melissa Lopes

País

Educação

No ano letivo 2019/2020 registou-se uma continuidade da redução do número de alunos em todos os subsistemas de ensino, com uma quebra de cerca de 15 mil alunos no último ano, de acordo com os dados do relatório 'Educação em Números', da Direção-Geral de Estatísticas de Educação e Ciência, divulgados pelo Governo.

Sublinhando tratar-se de uma redução "reflexo da demografia", a tutela realça, contudo, "uma ligeira subida do número de crianças que frequentam a Educação Pré-Escolar (mais cerca de 7.300)". 

Este aumento, lê-se na nota do ministério da Educação enviada ao Notícias ao Minuto, "é acompanhado de uma subida da taxa de escolarização, consequência do esforço de valorização da importância da Educação Pré-Escolar, reconhecida cada vez mais pelas famílias e da abertura de salas na rede pública". 

Por outro lado, o Executivo destaca o "aumento progressivo do número de docentes" que não acompanha a redução do número de alunos. Segundo os dados do relatório, nos últimos cinco anos, registou-se um aumento de cerca de 7.000 professores, "fruto do investimento em medidas de apoio aos alunos, como as tutorias, a redução do número de alunos por turma ou o investimento em programas específicos". 

Este investimento em recursos humanos, frisa a tutela, leva a que se registe também uma "diminuição progressiva do rácio alunos/professor (13 no 1.º ciclo; 9,2 no 2.º ciclo; e 8,2 no 3.º ciclo e secundário).

Outro dos dados assinalados é a "melhoria global dos resultados na diminuição das taxas de retenção e desistência, com principal destaque para a queda de 4,5% no ensino secundário. "Esta melhoria tem sido consistente ao longo dos anos, sendo de destacar que, em apenas 15 anos, a taxa de retenção baixou de 30,6% para 8,4%", destaca a nota.

Ainda de acordo com o relatório, "acompanha esta melhoria dos resultados a diversificação da oferta formativa, tendo triplicado – no mesmo período – o número de alunos que frequenta o ensino profissional". 

Por fim, no que toca aos recursos tecnológicos, o ano 2019/2020 registou uma diminuição do número de alunos por computador com internet, "uma tendência que acelerará por via da chegada às escolas, durante o último ano, de mais de cerca de meio milhão de equipamentos", lê-se. 
 

Leia Também: Sindicato e profissionais de educação denunciam despedimentos

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