"Acompanhamos com preocupação" a questão dos jornalistas da Global Media

O secretário de Estado do Cinema, Audiovisual e Media, Nuno Artur Silva, afirmou hoje que acompanha "com preocupação" a questão dos jornalistas e jornais da Global Media, mas sublinhou tratar-se de um grupo de media privado.

Jornais e rádios regionais "são essenciais" para "manter" os media vivos

© Global Imagens

Lusa
04/05/2021 17:41 ‧ 04/05/2021 por Lusa

País

Nuno Artur Silva

 

Nuno Artur Silva respondia a questões do PCP, no âmbito da audição regimental do Ministério da Cultura na comissão parlamentar da Cultura e Comunicação.

"Em relação à Global Media, de facto, é uma empresa privada, nós não temos qualquer interferência na gestão, mas obviamente que sendo detentora de órgãos de comunicação social muito importantes e postos de trabalho, acompanhamos com preocupação a questão dos jornalistas e dos jornais em causa", disse o secretário de Estado.

Em relação ao facto de a Global Media ser acionista da Lusa, "como disse da última vez que estivemos aqui, a participação" do grupo na agência de notícias "não interfere nem na estratégia, nem no financiamento da Lusa", afirmou.

O Estado, sublinhou, "continua a ter a maioria do capital da Lusa e, portanto, é ao Estado que compete determinar o futuro" da agência de notícias.

"Nesse domínio não está prevista qualquer alteração no sentido de diminuir a presença do Estado na Lusa", rematou Nuno Artur Silva.

Em 21 de abril, a Global Media Group (GMG), que é acionista da Lusa, anunciou aos trabalhadores que iria avançar com o plano de apoio à retoma progressiva a partir da segunda semana de maio, que vai implicar cortes nos salários superiores a 1.995 euros brutos e redução de 30% do horário de trabalho.

Entretanto, em 27 de abril, o Sindicato dos Jornalistas denunciou atrasos no pagamento aos colaboradores do grupo que detém o Diário de Notícias (DN), Jornal de Notícias (JN), TSF, O Jogo, entre outros, relativos a fevereiro.

Dois dias depois, o Bloco de Esquerda (BE) pediu uma audição, com caráter urgente, do Sindicato dos Jornalistas e do empresário Marco Galinha, presidente da Global Media, devido à situação "de degradação laboral" vivida no grupo.

Em outubro passado, a Global Media tinha anunciado um despedimento coletivo de 81 trabalhadores, 17 dos quais jornalistas, o que sucedeu após ter entrado em 'lay-off' em abril de 2020.

A Global Media detém 23,36% da Lusa.

Leia Também: Finanças ultimam contrato da Lusa para enviar para Tribunal de Contas

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