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Proença de Carvalho diz esperar que "justiça saiba ser independente"

O advogado de Ricardo Salgado, Francisco Proença de Carvalho, disse hoje que espera que "até ao final deste processo a justiça saiba ser independente em relação à pressão mediática" na Operação Marquês.

Proença de Carvalho diz esperar que "justiça saiba ser independente"
Notícias ao Minuto

14:34 - 09/04/21 por Lusa

País Operação Marquês

"A única coisa que espero é que até ao final deste processo a justiça saiba ser independente em relação à pressão mediática e disso não tenho a certeza", referiu à entrada do Campus da Justiça, em Lisboa, onde vai decorrer a leitura da decisão instrutória do juiz Ivo Rosa.

Garantindo que o ex-presidente do antigo BES tem "o máximo respeito pela justiça", Francisco Proença de Carvalho apelou para que a decisão seja proferida "não pela pressão mediática e sim pela análise objetiva dos factos e provas".

O advogado disse, no entanto, que tem de se ter confiança de que a pressão mediática não influencia a decisão da justiça e que vai "exigir que isso aconteça".

"O doutor Ricardo Salgado tem o máximo respeito pela justiça, o máximo respeito por qualquer decisão que seja proferida, desde que seja proferida com este sentido, que não é o sentido de qualquer pressão mediática, mas é da análise objetiva dos factos, das provas e a aplicação do direito a elas", disse Proença de Carvalho, acrescentando que o seu cliente "nunca se sentiu intocável" e quer "ter os mesmos direitos que qualquer cidadão português.

A defesa do antigo banqueiro afirmou que a "palavra de ordem é serenidade", essencialmente por três razões. "A primeira é a consciência tranquila do meu cliente em relação aos factos que estão aqui em causa no processo, a segunda é a análise que nós advogados também fazemos do processo e a confiança que nos dá que, mais tarde ou mais cedo, não sei quando será, claramente, a inocência dele será declarada. A terceira é obvia, não é? Não parece, pelo que tenho visto nas televisões, [mas] a decisão é uma decisão que não é definitiva", explicou o advogado.

Por sua vez, José António Barreiros, o advogado do antigo presidente da Portugal Telecom, Zeinal Bava, disse aos jornalistas, antes de entrar no Campus da Justiça, onde o juiz Ivo Rosa está a ler a decisão instrutória do processo da Operação Marques, que envolve 28 arguidos, que "prognósticos, como se costuma dizer, só depois do jogo".

Ricardo Salgado está acusado de 21 crimes de corrupção ativa de titular de cargo político, corrupção ativa, branqueamento de capitais, abuso de confiança, falsificação de documento e fraude fiscal qualificada.

Zeinal Bava está acusado de cinco crimes: um de corrupção passiva, em de branqueamento de capitais, um de falsificação de documentos e dois de fraude fiscal qualificada.

No processo estão em causa 189 crimes económico-financeiros, sustentando a acusação que José Sócrates recebeu cerca de 34 milhões de euros, entre 2005 e 2015, a troco de favorecimentos a interesses de Ricardo Salgado no Grupo Espírito Santo (GES) e na PT, bem como para garantir a concessão de financiamento da Caixa Geral de Depósitos ao empreendimento turístico Vale do Lobo, no Algarve, e por favorecer negócios, nomeadamente fora do país, do Grupo Lena.

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