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Concurso para autocarros na AMP dependente de ações judiciais em curso

O presidente da Área Metropolitana do Porto disse hoje que o concurso para o transporte rodoviário não ficará resolvido com a conclusão do relatório final do júri, por estarem a decorrer duas ações judiciais que têm efeitos suspensivos.

Concurso para autocarros na AMP dependente de ações judiciais em curso
Notícias ao Minuto

18:49 - 11/02/21 por Lusa

País Área Metropolitana do Porto

"Nós já ganhamos duas impugnações em tribunal, mas ainda temos mais duas em curso. Portanto, isto vai ser um processo que não se resolve com o relatório final porque, entretanto, as ações judiciais tem efeitos suspensivos", adiantou Eduardo Vítor Rodrigues em declarações à Lusa.

Mostrando-se confiante num resultado favorável para a Área Metropolitana do Porto (AMP), o autarca salientou que o concurso de transportes para substituir as atuais concessões, "já não está" nas mãos dos políticos ou do júri, mas sim dependente da justiça e dos seus prazos.

"Uma coisa é certa, demonstra-se que do ponto de vista jurídico e do ponto de vista do trabalho da área metropolitana até esta fase tudo correu bem e até hoje não perdemos nenhum processo porque aquilo está tudo direitinho. Não há sobre isso dúvidas nenhumas", afirmou.

"Esta coisa dos prazos é terrível. Nos dois processos que ganhamos, um ganhamos num espaço de um mês, o outro andou cinco ou seis meses. Às vezes depende do tribunal, do juiz que pega no processo", disse, salientando que aguarda "pacientemente" as decisões judiciais.

Eduardo Vítor Rodrigues adiantou que o segundo relatório preliminar foi divulgado aos concorrentes na quarta-feira, sendo que o mesmo exclui uma empresa espanhola que se apresentou a concurso no lote para os municípios da Póvoa de Varzim e Vila do Conde.

"Num dos lotes, o Póvoa/Vila do Conde, o concorrente [espanhol] que ficou em primeiro não conseguiu apresentar uma garantia bancária além dos 500 mil euros, o que levou, cumprindo o caderno de encargos, à sua exclusão", explicou, acrescentando que foi substituído pelo concorrente que estava em segundo lugar.

Questionado sobre o prazo para ser conhecido o relatório final do júri, o autarca indicou que este dependente de eventuais reclamações.

"Neste momento, os concorrentes têm 30 dias para reclamar, vamos aguardar. Acho que o relatório está bem sustentado, mas nós temos percebido, e nem me estou a referir concretamente a este concurso, que em muitos casos, as reclamações são estratégias, portanto, não é de pôr de lado a hipótese de haver uma reclamação", disse.

Se isso acontecer, depois de recebidas as reclamações, continuou Eduardo Vítor Rodrigues, o júri tem mais 45 para apreciação das mesmas.

"Começa a somar tudo ao prazo. É a lei da vida e depois querem gastar o dinheiro da "bazuca europeia" em cinco anos e depois querem manter quatro anos, como se em quatro anos fosse possível adjudicar um pavilhão. Isto é um problema sério", rematou, sublinhando que independente de quem ganha seria importante fechar este processo durante o ano de 2021, como é sua expectativa.

Em dezembro, o presidente da AMP tinha já admitido que o concurso para o transporte rodoviário que vai substituir as atuais concessões só deveria ficar fechado no último trimestre de 2021, lamentando a burocracia inerente a estes concursos públicos.

De acordo com o avançado pelo Jornal de Negócios, em outubro de 2020, o transporte rodoviário de passageiros vai ser operado, nos próximos sete anos, "por três empresas espanholas, e duas portuguesas".

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