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"É irritante para as pessoas que cumprem terem de pagar pelos erros"

Virologista Paulo Paixão referiu na SIC Notícias que "daria todo o apoio" se, perante esta "situação absolutamente excecional", o Governo decidisse encerrar as escolas por um pequeno período de tempo.

"É irritante para as pessoas que cumprem terem de pagar pelos erros"
Notícias ao Minuto

11:27 - 19/01/21 por Notícias ao Minuto

País Covid-19

Segundo palavras do virologista Paulo Paixão, "é irritante para as pessoas que cumprem terem de pagar pelos erros que os outros cometem". Foi desta forma que comentou, na SIC Notícias, os números da pandemia da Covid-19 em Portugal. Para o especialista, os "números impõem" as novas medidas ontem anunciadas por António Costa - que pode recordar aqui.

"A pena que eu tenho é que depois do ladrão ter entrado é que estamos a por trancas à porta", refere o virologista, apontando, por outro lado que até gostou "bastante" do discurso do primeiro-ministro, exceto na questão do Natal. "Convém dizer que foi um erro tremendo a questão da preparação para o Natal. Nunca se devia ter tomado as atitudes - quer em termos do Governo, quer mesmo da Autoridade da Saúde... não houve uma preparação suficiente para o Natal".

Agora, defende, "as medidas têm de ser estas", sublinhando, contudo, a questão que mais 'tinta tem feito correr' por estes dias: a manutenção da abertura das escolas. "É mais discutível. Sempre defendi nos últimos meses que as escolas se deviam manter, porque é um erro fechar-se. No entanto, perante uma situação absolutamente excecional que estamos a atravessar, se o Governo decidisse que ia fechar por um mês as escolas... daria todo o apoio".

"A partir dos 12 anos a possibilidade de contágio é francamente maior do que nas crianças mais pequenas, portanto, é uma matéria discutível mas, neste momento, e durante um período curto de tempo, se se fechassem as escolas não vejo que fosse uma medida errada", reiterou Paulo Paixão.

Na opinião do virologista, "o que se espera é, nas próximas semanas, os números [de novos casos] começarem a baixar", com a mortalidade "a manter-se durante mais algum tempo".

Para o responsável, "se as autoridades têm de atuar, que atuem". "O que não pode ser", defendeu, "é sermos todos nós, as pessoas que cumprem, a pagar pelos outros". "Se há pessoas que andam na via pública, se andam ao pé das outras como vimos em imagens da televisão sem máscara... então têm de ser autuadas. É tão simples quanto isso. É irritante para as pessoas que tentam cumprir termos de depois pagar pelos erros que os outros cometem e que estão perfeitamente avisados", terminou.

Recorde-se que Portugal somou mais 6.702 infetados com o novo coronavírus e 167 mortes relacionadas com a Covid-19, o maior número de sempre ao superar os 166 registados no sábado, indica o boletim epidemiológico divulgado esta segunda-feira pela Direção-Geral de Saúde (DGS).

Desde o início da pandemia, o país acumula 556.503 infetados pelo SARS-CoV-2 e 9.028 óbitos associados à Covid-19.

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