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Guarda prisional acusado de homicídio "está triste por toda a situação"

O advogado do guarda prisional indiciado por homicídio qualificado de um agente da PSP de Évora disse esta segunda-feira à agência Lusa que o seu cliente "está triste" pelo sucedido e "aguarda serenamente o desenrolar do processo".

Guarda prisional acusado de homicídio "está triste por toda a situação"
Notícias ao Minuto

23:53 - 14/12/20 por Lusa

País Advogado

"O meu cliente, que ficou em prisão preventiva, está triste por toda a situação", afirmou o advogado Pedro Nunes Maduro, após ser conhecida, esta noite, a medida de coação aplicada pelo juiz de Instrução Criminal de Évora.

Referindo que o seu constituinte tem "uma condenação anterior por condução em estado de embriaguez" e "mais nenhum antecedente criminal", o causídico argumentou que o homem vai aguardar "serenamente o desenrolar do processo" judicial em que está agora indiciado.

O guarda prisional, de 52 anos, alegado autor do atropelamento mortal de um agente da PSP em Évora, este fim de semana, foi esta segunda presente pela Polícia Judiciária a um juiz de Instrução Criminal, que decretou a medida de coação mais gravosa, a prisão preventiva, revelou à Lusa fonte policial.

O suspeito "está indiciado da prática de três crimes", mais precisamente "homicídio qualificado, violência doméstica e ofensas à integridade física", ficando, agora, a aguardar o desenrolar do processo judicial no Estabelecimento Prisional de Évora, acrescentou.

Um agente da PSP, de 45 anos, morreu na madrugada de domingo, às 00:54, no Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE), horas depois de ser atropelado por uma viatura alegadamente conduzida pelo guarda prisional, que terá fugido e foi intercetado mais tarde pela GNR, já no concelho de Sintra (Lisboa), segundo disse o Comando Nacional da PSP, em comunicado divulgado no domingo.

A fonte policial contactada esta segunda-feira pela Lusa disse que o alegado homicida, após o atropelamento e durante o trajeto até Sintra, "parou na GNR em Montemor-o-Novo invocando que tinha sido alvo de agressão por parte de indivíduos que estavam num quiosque", no Rossio de São Brás, em Évora.

"Como a companheira apresentava ferimentos numa mão, foi-lhes sugerido que, primeiro, tinham de ir ao centro de Saúde" local "para receber tratamento, mas já não voltaram", pelo que "não foi apresentada qualquer queixa na GNR", referiu a mesma fonte.

De acordo com a PSP, o agente do Comando Distrital de Évora da Polícia não estava de serviço, no sábado, mas, às 21h45, no Rossio de São Brás, interveio numa situação de violência doméstica, acabando por ser atropelado pelo alegado agressor.

O Polícia terá presenciado "uma agressão a uma mulher, pelo seu companheiro", em que o homem "arrastou a mulher pelo chão e obrigou-a a entrar numa viatura", disse a PSP.

O agente "interveio para fazer cessar o crime em curso", mas, "ao tentar impedir a fuga do agressor, foi atropelado pela viatura" alegadamente conduzida por agressor, "sendo arrastado cerca de 40 metros" pelo mesmo veículo, indicou.

O Polícia ainda foi levado, "em estado muito grave", para o HESE, mas, "devido à gravidade das lesões sofridas na intervenção policial, acabou por falecer", às "00:54" de domingo.

O guarda prisional por ser intercetado e detido, às 03:50, pela GNR, na freguesia de Ranholas, no concelho de Sintra, junto ao estabelecimento prisional local, onde trabalhava, revelou fonte da guarda, em declarações à Lusa, no domingo.

Leia Também: Medida de coação mais pesada para guarda prisional suspeito de matar PSP

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