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Loures pretende que seja revista situação de risco muito elevado

A Câmara de Loures pretende que seja revista a situação de risco muito elevado atribuída ao município, apontando para a existência de uma discrepância do número que é reportado pelas autoridades locais e pela Direção-Geral da Saúde.

Loures pretende que seja revista situação de risco muito elevado
Notícias ao Minuto

16:29 - 09/12/20 por Lusa

País Covid-19

Esta tarde, no início da reunião do executivo municipal, o presidente da Câmara Municipal de Loures, Bernardino Soares (CDU), informou os vereadores que escreveu à ministra da Saúde, Marta Temido, alertando-a para discrepâncias nos números que são divulgados pela Direção-Geral da Saúde e as que são reportadas pelas autoridades locais.

"Sempre houve uma discrepância que andava sempre entre os 10% e os 20%, mas neste momento os dados que a Direção-Geral da Saúde (DGS) publica são mais do dobro daqueles que temos aqui", afirmou Bernardino Soares.

Por esse motivo, o autarca sublinhou a necessidade de confrontar o Ministério da Saúde com essa diferença, que coloca o município de Loures (distrito de Lisboa) na lista dos concelhos com risco muito elevado e, portanto, com maiores restrições.

"Alguém tem de explicar esta discrepância que não é agora de 10%, 20%, que podíamos atribuir a algum retardar dos dados. O último relatório nacional tinha 120% mais casos do que o relatório local do mesmo dia. Portanto, há aqui alguma coisa que tem de ser melhor explicada", sublinhou o autarca.

Face a esta situação, para Bernardino Soares será "urgente" a DGS rever os dados disponíveis de forma a "ir ainda a tempo de rever as medidas", caso os dados das autoridades locais de saúde sejam os mais aproximados da realidade.

"Se concluirmos que estamos mesmo em risco muito elevado muito bem, mas se não for assim então a situação tem de ser revista porque as medidas têm impacto na vida das pessoas e na economia local", sublinhou.

Segundo referiu Bernardino Soares, o último relatório das autoridades de Saúde locais apontam para uma diminuição do número de casos ativos, que desceram dos 651 para os 556, o que representa 303 casos por 100 mil habitantes.

O autarca adiantou ainda que existem atualmente 29 casos ativos em escolas do concelho, com 20 turmas em isolamento, e situações mais complexas em dois lares, que obrigaram à ativação das brigadas de intervenção rápida.

O novo período do estado de emergência em Portugal, que vigora até 23 de dezembro, iniciou-se às 00:00 de hoje, com um total de 113 concelhos do continente em risco de transmissão de covid-19 extremamente elevado ou muito elevado.

Em novembro, o executivo tinha já dividido os 278 municípios do continente em quatro grupos, consoante o nível de risco de transmissão - moderado, elevado (entre 240 e 480 casos por 100 mil habitantes), muito elevado (entre 480 e 960 casos) e extremamente elevado (mais de 960 casos). As listas podem ser consultadas em www.covid19estamoson.gov.pt.

Nos dias úteis, o período de recolhimento domiciliário nestes 113 municípios inicia-se apenas às 23:00 e os estabelecimentos comerciais têm de encerrar até às 22:00. Os restaurantes, equipamentos culturais e instalações desportivas devem encerrar até às 22:30 (estabelecimentos de restauração podem funcionar até à 01:00, mas apenas para entregas ao domicílio).

Já nos concelhos de risco elevado (que ascendem agora a 92), e do qual faz parte o de Loures, mantém-se até dia 23 a proibição de circulação na via pública, com o respetivo dever geral de recolhimento domiciliário, entre as 23:00 e as 05:00 de todos os dias.

Uma vez que oito municípios da Área Metropolitana de Lisboa passaram agora do nível muito elevado para elevado (Odivelas, Oeiras, Seixal, Setúbal, Sintra, Amadora, Cascais e Vila Franca de Xira), não têm nos próximos dois fins de semana as limitações de circulação à tarde.

O mesmo não acontece com Almada, Barreiro, Lisboa e Loures, os únicos territórios da área metropolitana que continuam com risco muito elevado e, portanto, com maiores restrições.

Portugal contabiliza hoje mais 70 mortes relacionadas com a covid-19 e 4.097 novos casos de infeção com o novo coronavírus, segundo o boletim diário da Direção Geral da Saúde (DGS).

Desde o início da pandemia, Portugal já registou 5.192 mortes e 332.073 casos de infeção pelo novo coronavírus, estando hoje ativos 72.181 casos, mais 1.755 em relação a terça-feira.

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