Amnistia Internacional lança plataforma de alerta para violação sexual

A nova ferramenta inclui uma "experiência interativa" online de cerca de 15 minutos e a possibilidade de realização da consulta de um "especialista legal via chat-bot para saber mais sobre a violação sexual como uma questão de direitos humanos". Criada para todos, esta plataforma pode ser um suporte para o ensino.

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Notícias ao Minuto
25/11/2020 16:13 ‧ 25/11/2020 por Notícias ao Minuto

País

Violência Contra Mulheres

A Amnistia Internacional lançou, esta quarta-feira, no Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres, uma "plataforma online inovadora para aumentar a consciencialização sobre a violação sexual e combater os estereótipos generalizados" sobre este crime que ainda "persistem na sociedade".

Esta nova ferramenta, explica em comunicado a delegação da associação em Portugal, parte da história verídica de uma mulher vítima de violação sexual na Roménia, a quem foi negada "proteção e acesso à justiça" e que levou a "uma decisão histórica do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos". 

"O módulo 'Violência contra as Mulheres: Consentimento' leva cerca de 15 minutos para ser concluído. Os interessados podem consultar um especialista legal via chat-bot para saber mais sobre a violação sexual como uma questão de direitos humanos", explica, em comunicado, a delegação da associação em Portugal. 

Na mesma nota, Tatiana Zelenskaya, defensora dos direitos das mulheres e criadora das ilustrações da plataforma, refere ainda que este módulo "ajuda os alunos a afastarem-se das perceções comuns sobre a violação, onde uma mulher pede ajuda, tenta reagir e grita": "A realidade é que nem sempre é assim. As vítimas de violência sexual, muitas vezes, não conseguem ter reação, podem perder a capacidade de resistir ou de entender o que se está a passar" argumenta a ativista

A "experiência interativa" permite ainda conhecer os "vários obstáculos chocantes que as vítimas de violação sexual encontram na luta por justiça", que podem ir desde falhas nas investigações até à culpabilização da vítima.

"A educação para os direitos humanos e para a questão do consentimento é crucial para garantir que as mulheres estão mais bem protegidas contra a violação e as jovens não terão de crescer perguntando-se se foi culpa delas ou se os culpados vão ser acusados", afirma ainda Tatiana Zelenskaya.

É de recordar que apenas nove países da Zona Económica Europeia reconhecem que sexo sem consentimento é violação.

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