O primeiro-ministro agradeceu ao Tenente General Mourato Nunes pelo trabalho como presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.
O agradecimento foi partilhado no Twitter, depois da cerimónia de tomada de posse do novo presidente da ANEPC, Brigadeiro-General José Manuel Duarte da Costa, esta terça-feira.
Na mesma mensagem, António Costa desejou ao novo responsável "as maiores felicidades no exercício de funções", sublinhando que "Portugal e os Portugueses continuarão a contar com um sistema de proteção civil capaz de responder aos enormes e complexos desafios que vivemos".
Ao Tenente General Mourato Nunes o nosso agradecimento pelo trabalho que hoje cessa. pic.twitter.com/YmOTtENdhq
— António Costa (@antoniocostapm) November 24, 2020
O Brigadeiro-General José Manuel Duarte da Costa foi, na última quarta-feira, indigitado como presidente da ANEPC pelo ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita.
José Manuel Duarte da Costa, que agora sucede a Mourato Nunes, nasceu em Lisboa, em 1961, e é, desde maio de 2018, Comandante Operacional Nacional do Comando Nacional de Operações de Socorro da ANEPC.
Na mesma nota, Eduardo Cabrita enaltecia "o trabalho e dedicação do Tenente-General Carlos Mourato Nunes", cuja comissão de serviço agora termina, "pelo contributo que deu para a reforma do sistema de Proteção Civil no período particularmente exigente que se seguiu aos trágicos incêndios de 2017, designadamente na reforma do sistema integrado de gestão de fogos rurais e nos novos modelos orgânicos da ANEPC e do Sistema Nacional de Planeamento Civil de Emergência".
Fonte da Proteção Civil disse à agência Lusa que a decisão de que não seria reconduzido no cargo foi-lhe comunicada na terça-feira da semana passada ao final do dia.
Recorde-se que o General foi, no ano passado, constituído arguido na investigação ao negócio das golas antifumo. Além de Mourato Nunes, foi também constituído arguido neste casos o à data secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves, que no mesmo dia da operação do Ministério Público pediu a demissão do cargo.
O caso das golas antifumo - que fazem parte do 'kit' distribuído à população no âmbito do programa 'Aldeia Segura, Pessoas Seguras' -, levou o ministro da Administração Interna a pedir um "inquérito urgente" sobre a contratação de "material de sensibilização para incêndios", a 27 de julho.