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"Neste momento, como em nenhum outro, precisamos da ajuda de todos"

A ministra Marta Temido reforçou, esta terça-feira, que atravessamos um momento em que é preciso "um esforço de todos" para "quebrar cadeias de transmissão" e evitar a sobrecarga do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

"Neste momento, como em nenhum outro, precisamos da ajuda de todos"
Notícias ao Minuto

12:18 - 24/11/20 por Ana Lemos com Lusa

País Marta Temido

À margem da cerimónia de lançamento da primeira pedra da Unidade de Saúde do Beato, a ministra da Saúde sublinhou que "neste momento, como em nenhum outro, precisamos que toda a população se empenhe em quebrar cadeias de transmissão, para que tenhamos menos casos todos os dias, para que menos casos precisem de hospitalização, para que menos casos hospitalizados precisem de cuidados intensivos, e para que tenhamos menos óbitos".

Marta Temido sustentou que "este é um esforço de todos", garantindo que "nós estamos a fazer a nossa parte o melhor possível, tentando manter os nossos profissionais com ânimo, com coragem, com respostas, mas precisamos da ajuda de todos".

No dia em que Portugal entrou no quinto Estado de Emergência, desde o início da pandemia no país, e que comporta mais restrições, a ministra afirmou que da parte do SNS aquilo que é preciso agora "garantir é que temos o menor número de novos doentes, de novas hospitalizações e de óbitos", reafirmando que pela parte do SNS está assegurada a "a disponibilidade para pôr todo o empenho, pôr todos os profissionais ao serviço da população".

Mas, uma vez mais, "precisamos da ajuda de todos", conclui a ministra Marta Temido, que ainda esta manhã vai inaugurar mais duas unidades de saúde na região de Lisboa, na Ajuda e em Belém.

"Um apelo muito sentido. Que os portugueses unam os seus esforços ao dos profissionais de saúde. Não nos deixem sozinhos porque só juntos vamos conseguir vencer esta pandemia e suportar estes dias difíceis e de dificuldades para todos" (Marta Temido)Ainda a respeito da capacidade de resposta do SNS, Marta Temido ressalvou que os hospitais funcionam em rede e que existem outras regiões com capacidade para ajudar aquelas onde existe maior saturação de meios.

Quanto ao pico desta segunda vaga, a ministra perspetivou que possa ocorrer ao longo da próxima semana na zona Norte e posteriormente noutras partes do país. "O país não é todo igual. Quando falamos de pico ele terá, normalmente, face àquilo que é a evolução da pandemia realidades distintas em distintas regiões e isso deve-nos fazer reforçar as precauções", atestou.

Por outro lado, a ministra da Saúde referiu que o Governo ainda está a trabalhar no planeamento da distribuição da nova vacina para a Covid-19, cuja chegada a Portugal está prevista para janeiro. "Neste momento estamos a desenvolver um plano que tem quatro dimensões. A primeira é os grupos alvo, a segunda a componente logística, a terceira o acompanhamento da administração das vacinas e a quarta a componente da comunicação", especificou, ressalvando que Portugal está em linha com aquilo que os outros países estão a fazer.

As restrições e regras que é importante cumprir

Portugal está desde as 00h00 de hoje num novo Estado de Emergência, que vigorará até às 23h59 de dia 8 de dezembro, passando os 278 municípios do continente a estar divididos em quatro grupos, consoante os níveis de risco de transmissão - "moderado," "elevado", "muito elevado" ou "extremamente elevado".

As medidas gerais para todo país passam pela proibição de circular entre concelhos entre as 23h de 27 de novembro e as 5h de 2 de dezembro e entre as 23h de 4 de dezembro e as 23h59 de 8 de dezembro. Também nas vésperas dos feriados não haverá aulas e a Função Pública terá tolerância de ponto. O Governo apelou também ao setor privado para dispensar trabalhadores nestes dois dias. E as máscaras são desde hoje obrigatórias nos locais de trabalho.

Nos 127 concelhos classificados como de risco "extremamente elevado" e "muito elevado" continuará a vigorar o recolher obrigatório entre as 23he as 5h nos dias úteis, bem como entre as 13h e as 5h no fim de semana de 28 e 29 de novembro, no fim de semana de 5 e 6 de dezembro, e nos feriados de 1 e 8 de dezembro.

Nas vésperas dos feriados, os estabelecimentos comerciais vão estar encerrados a partir das 15h nestes 127 concelhos.

Os 47 concelhos com mais de 960 casos por 100 mil habitantes são os classificados com risco "extremamente elevado", enquanto os municípios com risco "muito elevado", entre 480 e 960 casos por 100 mil habitantes, são 80.

Nos 86 concelhos considerados de "risco elevado" (entre 240 e 480 casos por 100 mil habitantes) o recolher obrigatório entre as 23h e as 5h vigorará nos sete dias da semana. Nos dias úteis, os estabelecimentos continuam a encerrar às 22h, à exceção de restaurantes, equipamentos culturais e instalações desportivas que podem encerrar às 22h30.

Os 65 concelhos com incidência inferior a 240 casos por 100 mil habitantes integram a lista de "risco moderado".

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