Infarmed deixa alerta sobre analgésico: "Sobredosagem tem sérios riscos"

A autoridade explica que foram detetadas situações em que o medicamento Abstral traz nas embalagens dois comprimidos num só alvéolo.

O medicamento (que provavelmente tem em casa) e previne cancro do fígado

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Noticias ao Minuto
09/09/2020 08:40 ‧ 09/09/2020 por Noticias ao Minuto

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Infarmed

O Infarmed - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde deixou um alerta para todos os pacientes que tomam o medicamento Abstral, um forte analgésico receitado geralmente para pessoas que estejam já a tomar regularmente medicamentos para o alívio da dor severa devido à dor persistente, provocada por exemplo por cancro, mas que necessitem de tratamento para a dor episódica (momentânea). 

"O titular de Autorização de Introdução no Mercado do medicamento Abstral (...) informou o Infarmed que foi detetada noutros países a existência de embalagens contendo dois comprimidos num só alvéolo, o que pode originar situações de sobredosagem pela duplicação da dose", explica a autoridade numa nota divulgada, esta terça-feira, no seu site oficial. 

O problema foi detetado "nas dosagens de 100 µg, 200 µg, 300 µg, 400 µg, 800 µg". Até ao momento, não houve situações semelhantes reportadas em Portugal. Mesmo assim, o Infarmed sublinha que, ao tratar-se "de um medicamento cuja sobredosagem apresenta sérios riscos para a saúde", considerou indispensável a transmissão da informação, que já foi passada inclusive aos profissionais de saúde e aos doentes em tratamento. "Uma sonolência extrema e uma respiração superficial podem ser indícios de que o doente excedeu a dosagem ideal acordada", é esclarecido. 

Em caso de sobredosagem, os doentes e seus prestadores de cuidados deverão: "Retirar quaisquer comprimidos (ou restos) que possam ter ficado na boca; alertar o prestador de cuidados para o que se está a passar; o prestador de cuidados deve tentar manter o doente consciente e procurar ajuda médica profissional imediata". 

O Infarmed ainda apela a quem toma este medicamento que preste atenção "ao conteúdo de cada alvéolo" e que caso seja verificada "a existência de mais de um comprimido em cada alvéolo" rejeite esses comprimidos e faça a toma "a partir de outro alvéolo". "Os doentes que detetem a ocorrência deste defeito de qualidade devem comunicar a situação através da farmácia de outro profissional de saúde ou diretamente ao Infarmed", pede, por fim, a autoridade. 

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