As greves nos portos realizadas nos últimos meses já provocaram prejuízos de mil milhões de euros. O número foi hoje avançado pelo presidente da Associação Comercial de Lisboa, Bruno Nobone.
O mesmo responsável adiantou que só em Lisboa, os prejuízos mensais rondam os 425 milhões de euros.
“Se considerar que essas empresas ao criarem ao criarem situações de grande dificuldade vão prejudicar toda a sua actividade comercial e que todos os seus fornecedores e trabalhadores vão sofrer com isso, eu estou a fazer uma avaliação que é bastante prudente. Será seguramente mais do que isso”, sublinhou.
Bruno Nobone criticou ainda os promotores das greves. "O País está a sofrer enormemente com esta greve, sendo que esta é promovida pela Intersindical e pelo PCP, e estão a aproveitar um momento de crise terrível para os trabalhadores portugueses para os prejudicar (…), criando “ainda maior desemprego no País “, disse.
O presidente da Associação Comercial de Lisboa garantiu ainda que os estivadores que promovem a greve levam para casa mais de 5.000 euros por mês. Uma situação que foi admitida pelo presidente da Associação dos Portos Portugueses, José Luís Cacho. “Os mais novos naturalmente recebem um ordenado inferior e os mais velhos um ordenado superior. São trabalhadores de empresas privadas e não dos Estado”, disse, notando que os salários mais mais altos são praticados pelo Liscont e outros empresas que operam nos portos.