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Cientistas estudam acasalamento da mosca da fruta para perceber cérebro

Cientistas do Centro Champalimaud descobriram a forma como se desencadeia a transição do cortejamento para o acasalamento na mosca-da-fruta, mais um passo para perceber como é que o cérebro produz comportamento.

Cientistas estudam acasalamento da mosca da fruta para perceber cérebro
Notícias ao Minuto

16:00 - 13/08/20 por Lusa

País Champalimaud

A investigação, publicada hoje na revista científica "Current Biology", foi liderada por Maria Luísa Vasconcelos e por Cecília Mezzera e serviu para estudar como é que essa transição cortejamento-acasalemento é processada pelo cérebro.

Com o grande objetivo de estudar o cérebro e como ele produz comportamento, os cientistas examinaram o processo de sedução e acasalamento das moscas e o papel do ovipositor, uma membrana tubular saliente temporariamente na ponta do abdómen da fêmea (que também permite a deposição de ovos).

Os cientistas não são unânimes quanto ao papel do ovipositor, com uns a defenderem que prenuncia o acasalamento e outros que serve para repelir o macho que corteja a fêmea.

Servindo-se de câmaras, a equipa do centro de ciência da Fundação Champalimaud estudou todo o processo desde o início, quando o macho canta e persegue a fêmea, e descobriu que o ovipositor que a fêmea faz aparecer tem um papel crucial na transição do cortejamento para o acasalamento, e que ele pode estar totalmente para fora ou só parcialmente. A equipa identificou um par de neurónios específicos no cérebro da fêmea que controla a extrusão do ovipositor.

Segundo um comunicado sobre a investigação, o conjunto de resultados do processo revela uma sequência de passos, na comunicação macho-fêmea.

"Os nossos resultados esclarecem a forma como se passa a transição do cortejamento para a cópula. O que é fundamental para estudar como esta mudança radical de comportamento -- da apetência para consumação sexual -- é processada pelo cérebro. Quanto melhor percebermos como isso funciona, mais perto estaremos de responder à pergunta que todos fazemos: como é que o cérebro produz comportamento?", disse Cecília Mezzera, citada no comunicado.

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