MP investiga incumprimento de isolamento de autarca de Paços de Ferreira

O Ministério Público abriu um inquérito ao alegado incumprimento do isolamento profilático do presidente da Câmara de Paços de Ferreira, Humberto Brito, após ter testado positivo à covid-19, informou fonte judicial.

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Lusa
04/08/2020 19:02 ‧ 04/08/2020 por Lusa

País

Coronavírus

Segundo esclarecimento da Procuradoria-Geral da República enviado hoje à Lusa, "confirma-se a existência de inquérito a correr termos no DIAP da comarca de Porto Este", não havendo ainda arguidos constituídos.

No dia 14 de julho, bombeiros da corporação de Paços de Ferreira tinham comunicado à GNR que o presidente da câmara "desrespeitou o isolamento profilático de 14 dias a que estava obrigado" após ter declarado, no dia 08 de julho, que testara positivo para covid-19.

Confrontado com relatos de fontes dos bombeiros, o comandante da corporação, Pereira da Costa, confirmou à Lusa as informações, nada acrescentando.

Já o presidente da câmara recusou a alegada violação do dever de confinamento, uma vez que no dia 12 de julho tinha em seu poder um conjunto de testes, com resultado negativo para covid-19, e acusou os bombeiros de o tentarem "denegrir pessoal e politicamente".

O autarca informara na quarta-feira, dia 08, ter sido um dos cinco casos com covid-19 naquela autarquia, detetados no âmbito dos testes realizados a todos os colaboradores daquele município do distrito do Porto.

Já no domingo, ia 12, uma equipa de saúde dos Bombeiros de Paços de Ferreira foi chamada a casa do pai de Humberto Brito, encontrando ali o autarca.

No mesmo dia, Humberto Brito foi visto no Hospital Padre Américo, em Penafiel, afirmam as fontes, que asseguram terem comunicado os factos à GNR local.

De acordo com as informações fornecidas à agência Lusa, os bombeiros confrontaram o autarca, em casa do pai, com o facto de não estar a cumprir quarentena, que lhes terá exibido resultados de dois outros testes, que terão dado negativo.

Já o autarca visado entende que "não houve nenhum desrespeito pelas normas de confinamento que se impõem a quem testa positivo".

"No meu caso, os dados provam que provavelmente nunca tive contacto com a covid-19. Posso afirmar que depois de um conjunto de testes que realizei, os mesmos vieram todos negativos", acrescentou.

"Mais lamento que a atitude dos bombeiros tenha ocorrido no dia que sabiam que o meu pai teve um enfarte de miocárdio e foi internado de urgência nos Cuidados Intensivos de Cardiologia do Hospital Padre Américo, com prognóstico reservado, desconsiderando todo o sentido humanitário", acrescentou.

Fonte autárquica contactada hoje pela Lusa disse desconhecer a existência de qualquer inquérito da PGR sobre este caso.

 

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