Na resposta, por escrito, às seis questões da comissão de inquérito às PPP do sector rodoviário e ferroviário, António Barreto começa por dizer que não conhece "nenhuma" cláusula secreta nem tão pouco quais os contratos que têm as referidas condições escondidas.
O inquérito ao antigo ministro da Agricultura foi aprovado na comissão parlamentar depois de ele ter denunciado, em Setembro, a existência de "cláusulas secretas" nos contratos das PPP, considerando que "não é aceitável" que haja condições escondidas em contratos de "um Estado democrático".
"Eu sei há muito tempo, por acaso, há quatro anos que sei que há cláusulas secretas nas PPP", declarou aos jornalistas o sociólogo, à margem do 4.º Congresso Português de Demografia, que se realizou a 12 de Setembro, em Évora.
Nas respostas a que a Lusa teve acesso, António Barreto explicou que "desde há vários anos" que a questão das PPP lhe atraiu a atenção, adiantando que, quando iniciou estudos na Fundação Francisco Manuel dos Santos, pensou "mandar estudar as PPP".
"Falei com muitas pessoas desde então. Ninguém me referiu casos concretos de pessoas, políticos, empresas, ministérios ou instituições, nem de sectores económicos, que pudessem constituir prova e demonstração da veracidade de um caso concreto", relatou.