Um homem de 31 anos foi detido, no dia 21 de julho, pela PSP de Lisboa, por ser suspeito da prática de mais de 30 crimes de burla qualificada.
O suspeito, refere o comunicado enviado às redações, foi autor de inúmeras burlas cometidas através da Internet. Ora, o visado entrava em contacto com os ofendidos, que anunciavam a venda de bens eletrónicos em plataformas digitais, e simulava transferências bancárias.
Esta simulação era feita através de aplicações usadas para o efeito e era inclusive enviado comprovativo da ordem de transferência para os ofendidos, o que credibilizava o negócio. Porém, o dinheiro nunca chegava à posse dos ofendidos.
Já na posse dos bens, o suspeito continuava a atender as chamadas dos ofendidos com reclamações dos pagamentos em falta. Este alegava problemas com as entidades bancárias, descartando a responsabilidade quanto à demora no pagamento.
As pessoas foram percebendo que tinham sido ludibriadas e apresentaram queixa às autoridades. Com efeito, a PSP levou a cabo uma investigação que durou cerca de um ano.
Foi possível, durante este processo, "identificar e analisar dezenas de burlas cometidas pelo suspeito". Defende a PSP, aliás, que "esta atividade criminal fazia parte do seu modo de vida" e o visado causou um prejuízo patrimonial superior a 28 mil euros.
A PSP acredita que existam outros ofendidos e continuará, por isso, a desenvolver esforços para tentar chegar a todas as vítimas.
No decorrer desta detenção, foram realizadas buscas e foram apreendidos diversos objetos, nomeadamente um computador, um monitor de computador, um tablet, e um telemóvel.
O detido, com inúmeros registos criminais, foi presente no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa, para primeiro interrogatório judicial, tendo-lhe sido aplicada a medida de coação de prisão preventiva.