O voto, apresentado pela deputada municipal do PPM Aline de Beuvink e que foi subscrito por PSD, CDS-PP e três deputados municipais independentes, teve a abstenção de PCP e BE e de independentes.
No texto lê-se que a Assembleia Municipal de Lisboa "repudia a vandalização da estátua de padre António Vieira realizada por desconhecidos que, desta forma, atentaram contra o património público, contra a história de Lisboa e de Portugal".
Por outro lado, a Assembleia Municipal exorta o município a tomar medidas de proteção não apenas à estátua de padre António Vieira, mas também "a todas as outras que pela cidade enaltecem e evocam, mantendo vivos" na memória coletiva, "momentos e personalidades da História de Lisboa e de Portugal.
Instalada no Largo Trindade Coelho, próximo da zona do Bairro Alto, a instalação da estatua do padre António Vieira resultou de uma parceria entre a Câmara Municipal de Lisboa e a Santa Casa da Misericórdia, cuja sede se localiza naquele largo.
No dia da inauguração, em 22 de junho de 2017, o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina (PS), disse tratar-se de uma homenagem fundamental a "uma das maiores personalidades do pensamento" português até agora sem "a devida expressão de reconhecimento" na cidade.
A estátua foi vandalizada na quinta-feira e, segundo a PSP, "houve uma projeção de tinta" vermelha sobre as figuras do Padre António Vieira e de três crianças, que compõem o conjunto de esculturas, tendo sido igualmente escrita a palavra "descoloniza" na base do monumento.
No mesmo dia, a Câmara de Lisboa limpou a estátua.
No voto aprovado pela Assembleia Municipal é referido que "foi uma iniciativa da autarquia que foi desrespeitada e vandalizada", "foi o nome e a história de Portugal que foram desrespeitados e pintados a vermelho, por um puro ato de vandalismo".