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Um terço dos participantes em inquérito reduziu consumo ou parou de fumar

Um terço dos inquiridos num estudo da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) sobre os hábitos tabágicos no período de confinamento reduziu ou cessou o consumo de tabaco durante o isolamento devido à pandemia de covid-19.

Um terço dos participantes em inquérito reduziu consumo ou parou de fumar
Notícias ao Minuto

18:10 - 29/05/20 por Lusa

País Coronavírus

O inquérito online, que recolheu mil respostas, pretende assinalar o Dia Mundial Sem Tabaco, em 31 de maio, e visou aferir os hábitos tabágicos dos portugueses durante o confinamento, numa altura em que o tabagismo é apontado como fator de risco de desenvolvimento e agravamento das infeções respiratórias associadas à covid-19.

Segundo a SPP, os dados preliminares apontam o lado positivo de que cerca de um terço dos inquiridos reduziu ou cessou o consumo do tabaco, mas também que "pouco mais de um quarto" aumentou o consumo, "o que pode ser explicado pelo maior stresse e ansiedade associados ao confinamento e à incerteza da pandemia".

A Sociedade Portuguesa de Pneumologia, em comunicado, considera surpreendente a "evolução positiva" dos consumidores que em tempo de pandemia deixaram de fumar espontaneamente ou reduziram o consumo, e o médico pneumologista da SPP José Pedro Boléo-Tomé sublinha a relevância de que quase metade dos inquiridos tenha deixado de fumar sem qualquer ajuda específica.

A propósito dos resultados do estudo, o médico destaca que "a pandemia pode representar uma boa oportunidade para aumentar a cessação tabágica" e que "deixar de fumar pode ser das atitudes mais eficazes para reforçar a imunidade, prevenir a covid-19 e reduzir a mortalidade".

José Pedro Boléo-Tomé reafirma que "não existem ainda estudos desenhados especificamente para perceber melhor a influência do tabaco na transmissão ou desenvolvimento da covid-19, mas que os dados que a SPP já dispõe "mostram de forma clara que, dos doentes com covid-19, os que têm história de tabagismo têm a doença mais grave, precisam mais de cuidados intensivos e de ventilação mecânica e morrem mais". 

"Em tempo de pandemia, importa reduzir todos os fatores que sejam potenciadores do risco. O tabaco enfraquece o sistema imunitário tornando-o menos capaz de responder aos agentes infecciosos, como é o caso do novo coronavírus", reforça António Morais, presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia,  

Este ano a SPP assinala o Dia Mundial Sem Tabaco com a realização do webinar "Perguntas e respostas -- tabaco e imunidade", onde vão estar em debate os efeitos do tabagismo no sistema imunitário e onde serão apresentados os resultados do inquérito realizado.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 360 mil mortos e infetou mais de 5,8 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 2,3 milhões de doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 1.383 pessoas das 31.946 confirmadas como infetadas, e há 18.911 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

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