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Ministério da Saúde quer assegurar "espaços livres" durante pandemia

A secretária de Estado Adjunta e da Saúde afirmou hoje que a intenção da tutela é assegurar a existência de "espaços livres" da covid-19 durante a pandemia, admitindo que a evolução da situação o possa dificultar.

Ministério da Saúde quer assegurar "espaços livres" durante pandemia
Notícias ao Minuto

15:28 - 10/04/20 por Lusa

País Covid-19

"É nossa intenção, no cenário que temos atualmente presente, manter espaços livres de serem afetados por esta doença", adiantou Jamila Madeira durante a conferência de imprensa diária de acompanhamento da pandemia da covid-19.

A secretária de Estado defendeu esta intenção em resposta a uma questão sobre a transferência do Centro Hepato-bilio-pancreático e de Transplante (CHBPT) do Hospital Curry Cabral para o Hospital de Santa Marta, ambos em Lisboa, e sobre as declarações do médico cirurgião Eduardo Barroso, que em entrevista à Lusa defendeu que "não vai haver no mundo um hospital livre de covid".

Jamila Madeira admitiu que a evolução da pandemia é que permitirá "antecipar cenários mais dramáticos ou menos dramáticos", mas defendeu que, para já, o objetivo do Ministério da Saúde é garantir a disponibilidade desses espaços.

Na segunda-feira, o Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central esclareceu que a transferência do transplante hepático do hospital Curry Cabral para Santa Marta decorre da necessidade de garantir aos doentes "a máxima segurança" durante a pandemia covid-19.

O Santa Marta será "um hospital livre de covid-19, de forma a nele concentrar os doentes, que, como os transplantados, exigem cuidados especiais", afirma o Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central num esclarecimento enviado à agência Lusa, recordando que este "é o único centro no país a realizar transplante pulmonar" e onde ocorre também transplante cardíaco.

Na terça-feira, em entrevista à Lusa, Eduardo Barroso, que dirigiu o CHBPT, disse que transformar o Hospital Curry Cabral, em Lisboa, é um erro trágico, afirmando que "o facto de haver um hospital só dedicado ao covid não quer dizer que os outros fiquem livres de covid".

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 435 mortos, mais 29 do que na véspera (+6,4%), e 15.472 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 1.516 em relação a quarta-feira (+10,9%), o maior à data.

Dos infetados, 1.179 estão internados, 226 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 233 doentes que já recuperaram.

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 2 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00h00 de 19 de março e até ao final do dia 17 de abril, depois do prolongamento aprovado no dia 2 de abril na Assembleia da República.

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