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Câmara de Famalicão disponibiliza 200 camas para hospital de campanha

O presidente da Câmara de Famalicão, Paulo Cunha, anunciou hoje cerca de 30 medidas para mitigar os efeitos da pandemia da covid-19, entre as quais a disponibilização de 200 camas para um "hospital de campanha".

Câmara de Famalicão disponibiliza 200 camas para hospital de campanha
Notícias ao Minuto

16:24 - 31/03/20 por Lusa

País Covid-19

Segundo Paulo Cunha, as camas estão distribuídas por dois pavilhões municipais e estão à disposição do Centro Hospitalar do Médio Ave.

Aquela medida integra o "Plano de reação à situação epidémica e de intervenção social e económica" do concelho, concebido para fazer face à pandemia da covid-19.

As camas poderão receber idosos institucionalizados, após a realização dos testes à covid-19, "permitindo a necessária segregação e isolamento profilático dos lares em que os mesmos idosos estão institucionalizados".

Trata-se de uma operação articulada com o Agrupamento de Centros de Saúde de Famalicão, a delegação de Saúde, o Centro Distrital de Braga de Solidariedade e Segurança Social, as corporações de bombeiros, a Cruz Vermelha de Ribeirão e as instituições sociais visadas.

Paralelamente, a autarquia vai também avançar com a implementação de um centro diagnóstico móvel covid-19, em parceria com a Administração Regional de Saúde do Norte e o laboratório Unilabs, com todos os meios técnicos e humanos necessários para a realização de rastreio.

"Queremos assim aumentar a capacidade de realização de testes, diminuindo a afluência ao hospital e aos centros de saúde e aumentando a capacidade do INEM", adiantou Paulo Cunha, que reiterou a disponibilidade financeira do município para suportar o rastreio urgente da covid-19 a todos os utentes e colaboradores dos 21 lares de idosos do concelho.

O município providenciará também no sentido da recolha e tratamento de animais portadores de covid-19 ou daqueles cujos cuidadores estejam infetados, em quarentena ou em isolamento profilático e não possam continuar a cuidar deles.

No que diz respeito à proteção social à população afetada, Paulo Cunha anunciou a criação de um gabinete de emergência social, que tem como missão analisar todas as situações que tenham como causa a pandemia.

O autarca anunciou ainda a comparticipação municipal de rendas dos agregados familiares, com caráter pontual e extraordinário, que tenham perda de rendimentos por força da pandemia.

No que se refere aos serviços municipais de abastecimento de água, águas residuais e resíduos sólidos, haverá reduções na faturação e suspensão dos cortes e execuções coercivas.

A criação de um regime e prazo excecional para obtenção de bolsa de estudo foi outra das medidas anunciadas.

No grupo das medidas para mitigação socioeconómica, está, por exemplo, a redução do IRS para 4,5%, assim como o alargamento da isenção da derrama para todas as empresas com um volume de negócios igual ou inferior a 250 mil euros.

A autarquia vai também suspender as rendas dos espaços comerciais arrendados pelo município pelo período em que os estabelecimentos comerciais estiverem encerrados e reduzir em 50% as rendas dos estabelecimentos comerciais que se mantiverem abertos ao público durante a presente pandemia.

Serão ainda suspensas as taxas de espaço público, nos casos das esplanadas ou outros, pelo período em que os estabelecimentos comerciais estiverem encerrados.

Também no âmbito do projeto Famalicão Made In, o município promete que estará "ainda mais próximo" das empresas, reforçando os programas de apoio e acompanhando as diversas problemáticas.

"As medidas apresentadas são um contributo municipal ao combate no plano da saúde pública, têm dimensão social, servem para diminuir os impactos negativos nos cidadãos e focam-se no plano económico, porque visam a reabilitação do tecido empresarial do concelho no imediato e no período pós-crise epidémica, complementando as medidas nacionais" explicou Paulo Cunha.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 791 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 38 mil.

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 160 mortes, mais 20 do que na véspera (+14,3%), e 7.443 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 1.035 em relação a segunda-feira (+16,1%).

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