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Sorteio de distribuição do caso Marquês "foi totalmente aleatório"

O juiz Ivo Rosa afirmou esta quarta-feira em tribunal que o sorteio eletrónico da distribuição do processo Operação Marquês ao magistrado que dirige a fase de instrução foi "totalmente aleatória" e não padeceu de quaisquer erros.

Sorteio de distribuição do caso Marquês "foi totalmente aleatório"
Notícias ao Minuto

17:16 - 04/03/20 por Lusa

País Operação Marquês

O juiz Ivo Rosa garantiu que o sorteio, efetuado a 28 de setembro de 2018, que determinou que fosse ele a dirigir a fase de instrução do processo, foi realizado "por meios eletrónicos que garantiram total aleatoriedade" e que não houve erros no sistema, apenas várias tentativas de introduzir o processo no módulo da distribuição, devido às enormes dimensões do mesmo.

Sobre os quatro erros detetados no sistema no dia do sorteio, o magistrado explicou que foram apenas tentativas e se deveram às dificuldades em transferir o processo Operação Marquês para o modulo de distribuição.

"As quatro tentativas deveram-se às dificuldades em transferir o processo, que tem grandes dimensões, para o módulo de distribuição. Não existiram várias tentativas de distribuição de processo. Este [sorteio] foi feito de forma imediata", afirmou o juiz de instrução.

A diligência de hoje, que inicialmente seria para dar início ao debate instrutório, começou com o esclarecimento do juiz sobre o sorteio, seguindo-se mais um interrogatório do antigo primeiro-ministro José Sócrates, arguido e acusado de vários crimes económico-financeiros.

Depois de o primeiro-ministro ter sido interrogado em cinco tardes na fase de instrução, o juiz tinha mais perguntas para fazer ao antigo chefe do Governo, concretamente sobre a concessão do TGV ao consórcio Elos, se passou férias no Algarve na Páscoa de 2006 com o seu primo e também arguido José Paulo Pinto de Sousa, as viagens governamentais feitas à Argélia, Angola e Venezuela e ainda o caso Freeport.

O ex-primeiro-ministro esteve cerca de duas horas a responder ao magistrado, algumas vezes num tom mais ríspido, e depois a cinco questões do procurador do Ministério Público Rosário Teixeira, com quem se chegou a exaltar.

"É preciso ser mesquinho", afirmou Sócrates após uma pergunta de Rosário Teixeira.

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