Numa nota publicada no portal 'Porto.', a Câmara Municipal do Porto esclareceu que os moradores das três zonas que ainda não receberam o dístico, que tem a validade de um ano, "podem utilizar livremente os lugares de estacionamento da sua área de residência".
"Este esclarecimento visa sossegar os moradores destas três zonas", afirma a autarquia, adiantando que, além dos residentes, também as pessoas com mobilidade reduzida que detenham o Cartão de Estacionamento para Pessoas com Deficiência podem "utilizar gratuitamente todos os lugares de aparcamento" da Zona de Estacionamento de Duração Limitada (ZEDL).
O município recorda também "que o aparcamento de motociclos e ciclomotores é gratuito nos lugares assinalados nas zonas de estacionamento pago".
A Câmara do Porto assegura ainda que, durante este mês, ficará disponível a aplicação de pagamento 'Telpark', sendo que, o objetivo nos próximos meses passa por integrar outras aplicações de pagamento, como a Via Verde.
De acordo com a nota, as medidas aplicadas, que foram alvo de "contactos prévios com os moradores e comerciantes" das zonas afetas e resultantes de uma decisão da Assembleia Municipal, vão contribuir "para a gestão integrada da mobilidade na cidade e ajudar a reduzir o estacionamento abusivo na via pública".
Na reunião do executivo de segunda-feira, a Câmara do Porto, quando confrontada por um representante dos trabalhadores, admitiu a hipótese da criação de uma tarifa diária de estacionamento na zona da Foz.
A insatisfação face à medida que entrou em vigor no final do mês de janeiro está expressa num abaixo-assinado que conta já com 300 assinaturas e onde os subscritores exigem que lhes seja dada a possibilidade de obter uma avença de morador.
Os trabalhadores estão ainda abertos à possibilidade de ser definida uma avença diária, mensal ou anual para quem trabalha naquela zona, na impossibilidade de lhes ser atribuída uma avença equiparada à de morador.
Os trabalhadores salientam que os custos diários do estacionamento com que são confrontados são elevados face aos salários auferidos, e pedem a intervenção da autarquia.
Perante a impossibilidade de atribuição de avenças a comerciantes, a vereadora dos transportes, Cristina Pimental, explicou que houve o cuidado de colocar a tarifa mínima de 40 cêntimos e de criar zonas com o máximo de tempo permitido, ou seja, "até quatro horas".
"Podemos rever essa situação e tentar prolongar esse horário para o máximo possível, criando uma tarifa diária, como por exemplo tem a Asprela. Essa é uma possibilidade que está em cima da mesa", admitiu, salientando, contudo que a Foz tem das tarifas mais baixas.
O presidente da autarquia acrescentou que o se está a fazer na Foz é a construir parques de estacionamento, procurando que o estacionamento 'on street' seja para moradores residentes.