Blocos operatórios em serviços mínimos e consultas canceladas no Algarve

A greve de trabalhadores da função pública levou hoje ao encerramento de vários serviços hospitalares no Algarve, com os blocos operatórios de Faro e Portimão em serviços mínimos e consultas canceladas, disse à Lusa fonte sindical.

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Lusa
31/01/2020 12:27 ‧ 31/01/2020 por Lusa

País

Greve

"No centro hospitalar do Algarve (CHUA) os blocos estão a funcionar com serviços mínimos, só garantem as urgências, as consultas externas estão paradas, alguns centros de Saúde estão fechados e outros com apenas alguns balcões a funcionar", resumiu à Lusa Rosa Franco, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e das Regiões Autónomas.

A dirigente sindical afirmou que a adesão à greve na área da saúde "é elevada" e que se estende a outras áreas da função pública como a "segurança social, serviços de notariado, finanças e outros serviços condicionados".

No terreno, a Lusa constatou que a adesão à greve por parte dos técnicos de diagnóstico e terapêutica deixou sem funcionamento o serviço de Raios X, garantindo apenas as urgências, o serviço de análises assim como a farmácia, deixando alguns utentes sem medicamentos.

A adesão dos enfermeiros à greve obrigou à suspensão da recolha de sangue com o respetivo laboratório também encerrado.

Na capital algarvia estão também encerrados alguns serviços na Loja do Cidadão, nomeadamente as Finanças, Instituto de Registo e Notariado e Loja do Munícipe, estando alguns serviços da Câmara Municipal com funcionamento condicionado.

No ensino, há escolas encerradas e outras que se mantêm abertas, mas com poucas atividades letivas.

A Frente Comum da Administração Pública, da CGTP, convocou em dezembro uma manifestação nacional para 31 de janeiro contra a proposta de aumentos salariais de 0,3%, a que se seguiu o anúncio de greves nacionais por parte das estruturas da UGT - a Federação Nacional dos Sindicatos da Administração Pública (Fesap) e a Frente Sindical liderada pelo Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE).

Entretanto, várias organizações setoriais marcaram também greves para 31 de janeiro, como são os casos da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), afeta à CGTP, da Federação Nacional dos Sindicatos dos Enfermeiros (FENSE), da Federação Nacional dos Médicos (FNAM) e do Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas do Diagnóstico e Terapêutica.

 

 

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