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"Agora" é a vez da Maia na rede do Metro do Porto, sem esquecer Trofa

A Câmara da Maia considerou hoje que "agora é a vez" deste concelho na rede de Metro do Porto, reivindicando a extensão da linha do Hospital S. João, mas sem esquecer "a obrigação do Estado para com a Trofa".

"Agora" é a vez da Maia na rede do Metro do Porto, sem esquecer Trofa
Notícias ao Minuto

18:50 - 23/01/20 por Lusa

País Câmara Municipal

"A Maia quer que a Linha Amarela seja ampliada desde o Hospital S. João [no Porto] até à cidade da Maia. É um projeto que está desde a primeira hora da vida do metro do Porto nos planos da sua expansão e foi até vertida na lei que criou o sistema e ainda está em vigor", referiu hoje o presidente da Câmara da Maia, António Silva Tiago, em declarações à agência Lusa.

O autarca considerou "essencial a expansão da oferta, até para a sustentabilidade e lógica de serviço ao público da rede", frisando: "Agora é a vez da Maia".

Atualmente a Linha Amarela, ou Linha D, do metro do Porto está construída entre as estações Hospital S. João, no Porto e Santo Ovídeo, em Vila Nova de Gaia, estando em fase de concurso a extensão até Vila D'Este, um procedimento que segue tramites a par da nova Linha Rosa entre S. Bento e Casa da Música, no Porto.

Na terça-feira, o primeiro-ministro, António Costa, e o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, estiveram no Porto para assinalar a aquisição de 18 novas viaturas para o Metro do Porto, as primeiras a receber em 2021, não tendo sido avançados investimentos futuros.

Hoje, em resposta à agência Lusa, o Ministério do Ambiente e Ação Climática revelou que a Metro do Porto está a estudar uma solução para o corredor ferroviário da Trofa, sublinhando ser da área metropolitana a decisão sobre futuros investimentos na expansão da rede.

"Tal como foi afirmado no parlamento, foram dadas indicações à empresa Metro do Porto para a realização de um estudo para o antigo corredor ferroviário da Trofa, que contemple a sua reabilitação física e a eventual instalação de um modo de transporte coletivo", lia-se na resposta escrita enviada à Lusa.

Esta resposta surgiu um dia depois de o presidente da Câmara da Trofa, Sérgio Humberto, ter pedido a "saída" de Matos Fernandes e voltado a exigir a Linha da Trofa, uma reivindicação antiga que também a Câmara da Maia tem vindo a acompanhar historicamente.

A 27 de janeiro de 2017, o então presidente da Câmara da Maia, Bragança Fernandes, considerou que a construção da linha da Trofa "tem de ser feita" no âmbito da extensão da rede do Metro do Porto, por se tratar de "uma questão de justiça".

"Tem que haver solidariedade, ética e justiça. Temos um Governo da República de Portugal, devemos ser todos tratados por igual", disse Bragança Fernandes quando participava numa reunião do Conselho Metropolitano do Porto.

Já em 2008, em outubro, Bragança Fernandes exigiu o cumprimento rigoroso dos prazos acordados no memorando de entendimento assinado entre governo e Junta Metropolitana do Porto (JMP), em maio do ano anterior.

Em comunicado, o autarca criticava as alterações anunciadas pelo então ministro das Obras Públicas, Mário Lino, ao calendário de obra da extensão da rede do metro do Porto que não incluía nem a extensão da Linha Amarela em direção à Maia, nem a construção da Linha da Trofa.

Hoje, sobre este tema, a Câmara da Maia voltou a reivindicar a extensão de linhas até este concelho, mas também a promessa antiga relativa à Trofa.

"Agora é a vez da Maia. O mesmo seja dito para a expansão da linha verde até à Trofa. É necessário cumprir a obrigação que o Estado tem há muito para com a Trofa e o norte do concelho da Maia", referiu o atual presidente.

A 7 de fevereiro de 2017, o ministro do Ambiente, Matos Fernandes, anunciou que seriam efetuados estudos técnicos para expandir futuramente a rede da Metro do Porto a três novas linhas, designadamente a Gondomar, Maia e Gaia, sem existirem, contudo, garantias de financiamento.

Em reunião do conselho de administração da Metro do Porto, que se realizou nessa manhã, "ficou combinado" que três outras linhas que iriam ter, do ponto de vista dos estudos, "igual calendário" às duas novas ligações no Porto e em Gaia que serão construídas até 2021, afirmou João Pedro Matos Fernandes.

Das quatro linhas originárias da primeira fase do metropolitano, projetadas em 1996 no Sistema de Metro Ligeiro da AMP e construídas pela Metro do Porto, só a linha Campanhã/Maia (ISMAI)/Trofa não foi construída em toda a sua extensão.

Desde fevereiro de 2002 que o serviço ferroviário na linha da CP da Trofa está fechado, encerramento justificado com o argumento de tal permitir a construção da linha do metro, sobre o ramal existente, nomeadamente a ligação da Estação da Trindade (Porto) à Trofa.

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