Abdesselam Tazi, de 65 anos, condenado por terrorismo morreu na cadeia, em Monsanto, noticiou o Jornal de Notícias esta quinta-feira, uma informação confirmada pelo Notícias ao Minuto junto da Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP).
Tazi havia sido condenado a 12 anos de prisão por recrutar em Portugal operacionais para o grupo radical Estado Islâmico (EI).
À agência Lusa, fonte judicial acrescentou que a morte se terá devido a "causas naturais".
Em resposta ao Notícias ao Minuto, a Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais informa que, pela manhã de hoje dia 9 de janeiro de 2020, no decurso da abertura das celas, os elementos da vigilância do Estabelecimento Prisional de Monsanto, encontraram o recluso deitado na cama da sua cela individual, sem que desse sinais de vida".
Na sequência disso, "foi imediatamente chamado o enfermeiro de serviço e ativado o INEM que veio a confirmar o óbito".
"Como decorre do legalmente previsto", referem os serviços prisionais, "foi chamada à cadeia o órgão de polícia criminal e feitas as comunicações às autoridades judiciais competentes". O corpo foi encaminhado para o Instituto Nacional de Medicina Legal para efeitos de autópsia que determinará a causa da morte.
A DGRSP adianta ainda que, internamente, foi determinada a abertura de processo de inquérito.
Tazi, 65 anos e em prisão preventiva desde 23 de março de 2017 na cadeia de alta segurança de Monsanto, foi condenado por sete crimes: Falsificação com vista ao terrorismo, recrutamento para o terrorismo, financiamento do terrorismo e quatro crimes de uso de documento falso com vista ao financiamento do terrorismo.
Em 9 de julho de 2019 o Tribunal Central Criminal de Lisboa condenou o arguido, em cúmulo jurídico, à pena única de 12 anos de prisão, por sete dos oito crimes pelos quais estava acusado, e absolveu-o de adesão a organização terrorista internacional.
Lopes Guerreiro, advogado de Tazi, recorreu do acórdão do tribunal de primeira instância para o Tribunal da Relação de Lisboa (TRL). A decisão da Relação de Lisboa deveria ser conhecida na tarde de quarta-feira, 8 de janeiro, mas fonte do TRL disse nesse dia à Lusa que o acórdão quanto ao recurso "foi adiado" para 22 de janeiro.