RCA: Mendes Ferrão iniciou funções como 2.º comandante da MINUSCA

O major-general Eduardo Mendes Ferrão iniciou funções de vice-comandante da força militar da Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização da República Centro-Africana (MINUSCA) em 27 de dezembro, foi hoje anunciado.

Notícia

© Reuters

Lusa
06/01/2020 17:43 ‧ 06/01/2020 por Lusa

País

República Centro-Africana

O nome do major-general Mendes Ferrão foi aprovado em conselho de ministros, em 5 de dezembro de 2019, sendo depois proposto a Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República e, por inerência, Comandante Supremo das Forças Armadas.

Antes, o cargo de segundo comandante da MINUSCA foi ocupado pelo tenente-general Marco Serronha, que esteve em Bangui até novembro.

Em comunicado divulgado hoje, o Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA) informou que Mendes Ferrão iniciou as suas funções em 27 de dezembro, e que já se reuniu com o general Balla Keita, comandante da Força Militar da MINUSCA, e a representante especial adjunta do secretário-geral da ONU para esta, Denise Brown.

Nos últimos dias do ano, 28 e 31 de dezembro, e no sábado, 4 de janeiro, os páraquedistas da força portuguesa na MINUSCA fizeram a escolta para "garantir a segurança da representante especial adjunta do Secretário-Geral da ONU", Denise Brown, em "mais uma ronda de negociações pela paz no 3º distrito de Bangui", segundo um comunicado do EMGFA.

Estas conversações seguiram-se aos conflitos, entre 24 e 26 de dezembro, na mesma zona, que fizeram 50 mortos e 80 feridos, de acordo com um comunicado do Estado-Maior-General das Forças Armadas de 01 de janeiro, que reproduz um vídeo no Youtube em que se vê Denise Brown a dirigir-se à população com um megafone.

A RCA caiu no caos e na violência em 2013, depois do derrube do ex-Presidente François Bozizé por grupos armados juntos na Séléka, o que suscitou a oposição de outras milícias, agrupadas sob a designação anti-Balaka.

O Governo centro-africano controla um quinto do território. O resto é dividido por mais de 15 milícias que procuram obter dinheiro através de raptos, extorsão, bloqueio de vias de comunicação, recursos minerais (diamantes e ouro, entre outros), roubo de gado e abate de elefantes para venda de marfim.

Um acordo de paz foi assinado em Cartum, capital do Sudão, no início de fevereiro pelo Governo e por 14 grupos armados. Um mês mais tarde, as partes entenderam-se sobre um governo inclusivo, no âmbito do processo de paz.

Portugal está presente na RCA desde o início de 2017, no quadro da MINUSCA, com a 6.ª Força Nacional Destacada (FND), e militares na Missão Europeia de Treino Militar-República Centro-Africana, cujo 2.º comandante é o coronel António Grilo.

A 6.ª FND, que tem a função de força de reação rápida, integra 180 militares, na sua maioria Paraquedistas, pertencendo 177 ao Exército e três à Força Aérea. Na RCA estão também 14 elementos da Polícia de Segurança Pública.

 

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas