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Buscas por desaparecido continuam. É uma operação "lenta" e "complexa"

Esta é, como garantiu o porta-voz da Proteção Civil, uma "operação complexa" em que é necessário garantir a segurança dos operacionais envolvidos.

Buscas por desaparecido continuam. É uma operação "lenta" e "complexa"
Notícias ao Minuto

12:36 - 20/12/19 por Filipa Matias Pereira com Lusa

País Elsa

Em declarações aos jornalistas ao final da manhã desta sexta-feira em Castro Daire, o porta-voz da Proteção Civil garantiu que prosseguem as buscas para tentar encontrar o motorista de uma máquina retroescavadora que desapareceu ontem na sequência de um aliumento de terras. 

Esta é uma "operação complexa" em que é necessário "acautelar a segurança dos profissionais envolvidos" porque o terreno continua a dar sinais de cedência. 

Para levar a cabo o resgate, está no teatro de operações uma "equipa de estabilização" que é responsável por criar áreas de segurança para os mergulhadores. Falamos, por isso, de um procedimento "lento". 

Dada a adversidade das condições meteorológicas, os responsáveis da Proteção Civil estão a gerir as operações de acordo com a evolução dos caudais. 

A Proteção Civil não garante que o motorista esteja ainda no interior da máquina retroescavadora, sublinhando apenas que as atenções estão focadas no resgate.  

A mesma informação foi reiterada por Patrícia Gaspar. De acordo com a secretária de Estado da Administração Interna,  trata-se de uma "operação muito complexa, que exige muitos cuidados em termos de segurança para os operacionais" que se encontram a fazer as busca na localidade de Ribolhos, no distrito de Viseu. 

Patrícia Gaspar, que falava aos jornalistas após a reunião do Centro de Coordenação Operacional Nacional (CCON), na Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, adiantou ainda que a zona é "muito escarpada" e o rio "tem uma corrente muito forte", salientando que "neste momento todo o cuidado é pouco". "Estão a fazer o melhor que podem para encontrar quer a máquina, quer o condutor que está desaparecido", sublinhou.

Devido aos trabalhos na região, a Estrada Nacional (EN) 2 está hoje cortada em Castro Daire, como informou o relações públicas do Comando Territorial de Viseu da Guarda Nacional Republicana (GNR) à Lusa. 

"Está cortada a estrada porque houve um aluimento de terra e, depois, porque no decorrer dos trabalhos de limpeza da via a estrada acabou por ceder provocando a queda da máquina e, consequentemente, do motorista para a linha de água", explicou António Resende à agência Lusa.

O porta-voz explicou que as buscas pelo condutor recomeçaram às 8h00 de hoje e às 12h00 encontravam-se no local 43 operacionais e 20 veículos, depois de ter sido dado o alerta do desaparecimento, por volta das 21h30 de quinta-feira.

Segundo a página oficial do Facebook do Comando Territorial de Viseu da GNR, a EN2 está interrompida entre os quilómetros 138 e 142, ou seja, entre Mós e Ponte Pedrinha, sendo a alternativa a Autoestrada 24 (A24).

De acordo com a mesma fonte, também a EN16, que liga Viseu a São Pedro do Sul, se encontra cortada, ao quilómetro 80, por causa de um desmoronamento na freguesia de Ribafeita, Viseu, e a alternativa é circular pelo interior da localidade de Gumiei.

A EN227 também está cortada devido a uma derrocada ao quilómetro 48, na localidade de Vilarinho, freguesia de Valadares, São Pedro do Sul, no distrito de Viseu. Neste caso a alternativa é a Estrada Municipal (EM) 612.

Há ainda um corte na EN225 ao quilómetro 50, em Castro Daire, por causa da queda de uma árvore, estando a circulação automóvel a ser feita pela EN321, que liga Castro Daire a Cinfães.

Cortada desde quinta-feira e sem previsão de reabrir, segundo a GNR, está a Estrada Regional (ER) 228, ao quilómetro 28, em Vouzela, devido a um desmoronamento, estando o trânsito a circular pelas localidades de VasconhaQueirãLoumão, Figueiredo das Donas e Fataúnços, no concelho de Vouzela.

A passagem da depressão Elsa, em deslocação de norte para sul, provocou em Portugal dois mortos, um desaparecido e deixou 70 pessoas desalojadas, registando-se até à manhã de hoje mais de 6.200 ocorrências.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) tem hoje sob aviso laranja (o segundo mais grave) 12 distritos de Portugal continental e a costa norte da Madeira devido sobretudo à agitação marítima. Leiria, Santarém e Portalegre estão sob aviso laranja também devido às previsões de precipitação forte durante a tarde.

IPMA alertou para os efeitos de uma nova depressão, denominada Fabien, que atingirá Portugal no sábado, em especial o Norte e o Centro, estando previstos intensos períodos de chuva e vento forte de sudoeste, com rajadas que podem atingir 90 km/hora no litoral norte e centro e 120 km/hora nas terras altas.

Segundo o IPMA, os efeitos da depressão Fabien não deverão ter em Portugal continental a mesma intensidade do que os da tempestade Elsa, prevendo-se uma melhoria gradual do estado do tempo a partir de domingo.

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