De acordo com a informação disponibilizada pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê-se, para as próximas 48 horas, "um agravamento das condições meteorológicas, com precipitação forte e persistente, vento forte nas terras altas e no litoral e agitação marítima forte em toda a costa", realça a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.
Assim, alerta a ANPEC, há possibilidade de inundações rápidas em meio urbano, por acumulação de águas pluviais ou insuficiências dos sistemas de drenagem; de inundação por transbordo de linhas de água nas zonas historicamente mais vulneráveis, assim como possibilidade de inundações de estruturas urbanas subterrâneas com deficiências de drenagem.
Além disso, é preciso acautelar o piso rodoviário escorregadio e eventual formação de lençóis de água; danos em estruturas montadas ou suspensas; a possibilidade de queda de ramos ou árvores; possíveis acidentes na orla costeira e ainda fenómenos geomorfológicos causados por instabilização de vertentes associados à saturação dos solos, pela perda da sua consistência.
Devido ao agravamento do estado do tempo - efeitos da passagem da depressão Elsa -, o IPMA colocou esta quarta-feira cinco distritos em alerta laranja, um aviso que se estende até à meia noite de quinta-feira.
A ANEPC recorda que o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado, sobretudo através da adoção de comportamentos adequados, deixando assim os habituais conselhos à população:
- Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;
- Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a formação de lençóis de água nas vias; Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
- Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas;
- Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores;
- Ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando se possível a circulação e permanência nestes locais;
- Não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima;
- Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança;
- Nos terrenos confinantes com rios e cursos de água, historicamente sujeitos a cheias e inundações, retirar os animais e osequipamentos agrícolas.