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CT da Groundforce foi chamada à polícia por queixa da empresa

Os 11 membros da Comissão de Trabalhadores (CT) da Groundforce Portugal foram intimados a comparecer na polícia para prestarem declarações no âmbito de uma queixa crime que a empresa apresentou contra eles por "acusações e ações injuriosas".

CT da Groundforce foi chamada à polícia por queixa da empresa
Notícias ao Minuto

17:35 - 05/12/19 por Lusa

País Groundforce

A intimação, a que a Lusa teve acesso, foi enviada pela divisão de investigação criminal da PSP de Lisboa a cada um dos elementos da CT, referenciados como arguidos, sendo a SPdH-Groundforce apontada como "ofendido".

Um das missivas, à qual a Lusa teve acesso, "manda comparecer" o arguido no dia 28 de novembro, o que ele fez, acompanhado de um advogado.

Segundo este elemento da CT da Groundforce, os restantes membros foram instados a comparecer na policia a partir de dia 22 de novembro.

"Tomámos conhecimento da queixa, mas não do inquérito, que deverá ir para o Ministério Público, mas tendo em conta os motivos da mesma acreditamos que o resultado será o arquivamento", disse à Lusa a mesma fonte.

A CT considera que a queixa da empresa tem a ver com o conteúdo de um comunicado que emitiram em julho no qual acusavam a Groundforce de pressionar os trabalhadores para que não fizessem greve.

A Groundforce Portugal confirmou à Lusa que "apresentou uma queixa crime contra a Comissão de Trabalhadores por atos praticados por esta, acusações e ações injuriosas e inaceitáveis".

"A queixa apresentada segue os trâmites normais junto das entidades competentes, aguardando a Groundforce Portugal o seu desfecho", disse a empresa.

No comunicado emitido em julho, a CT acusou a empresa de coagir, "amedrontar, chantagear com processos disciplinares e desmoralizar" os trabalhadores da área de passageiros da escala de Lisboa (aeroporto de Lisboa), pondo em causa o direito à greve.

A SPdH-Groundforce tem cerca de 2.600 trabalhadores, mas, segundo a CT, mais de metade são precários subcontratados.

Entretanto, ao tomar conhecimento da situação, o Sindicato dos Estivadores e Atividades Logísticas (SEAL) emitiu hoje um comunicado a solidarizar-se com a CT da Groundforce.

O SEAL defendeu que a liberdade sindical e a defesa dos direitos por qualquer estrutura representativa dos trabalhadores não podem ser limitadas, assim como o direito à greve.

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