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Avó de gémeas retiradas de garagem na Amadora pede guarda das crianças

A avó vive no Brasil e garante ter condições para acolher as meninas.

Avó de gémeas retiradas de garagem na Amadora pede guarda das crianças
Notícias ao Minuto

17:00 - 08/11/19 por Filipa Matias Pereira

País Gémeas da Amadora

Lara e Luísa, as gémeas de 11 anos que moravam numa garagem na Amadora, foram acolhidas numa residência temporária e aí permanecem há cerca de três meses. A avó das meninas falou com o 'Sexta às 9', a partir do Brasil - onde vive - e garantiu ter condições para receber as gémeas.

Maria Luiza Santos vive em Londrina, um município do Paraná, no sul do Brasil, e confessou à estação pública que sempre achou que a filha, Mariana, "estivesse bem. Não sabia disso. Morar numa garagem cheia de bichos, nem casa de banho tinha para as meninas", lamentou.

A mãe de Mariana Santos confessou ainda, em lágrimas, que gostaria que as autoridades portuguesas permitissem que a filha fosse "libertada" e que terminasse a relação com o companheiro. "Se voltar com ele vai ficar na mesma", pressagiou.

Também o primo de Mariana, Lucas Teixeira, confessou ter ficado incrédulo ao tomar conhecimento das dificuldades que a prima e as filhas gémeas passavam em Portugal. "Por mais que a gente imaginasse que a Mariana passava dificuldades, chega a notícia e a ficamos desesperados".

O pai das gémeas, detalha a RTP, conta com uma longa lista de indícios criminais, dos quais se destacam cinco queixas por violência doméstica, três feitas pela ex-mulher e duas pelas atual. João Moura nunca chegou a ser condenado, até porque Mariana nunca foi encontrada pelas autoridades nem compareceu em tribunal.

Recorde-se que a família vivia numa garagem na Amadora, sem condições, e os vizinhos relataram que Mariana e as filhas ficavam presas na habitação. Uma das filhas saía apenas ao final do dia para ir buscar comida.

Desde que o caso chegou a público, as gémeas foram encaminhadas para uma instituição. Já os pais, foram presentes ao Tribunal de Instrução Criminal da Amadora, para primeiro interrogatório judicial, e ficaram sujeitos à medida de coação não privativa de liberdade, com privação de contactos com as vítimas.

O 'Sexta às 9' detetou ainda erros graves da Comissão de Proteção de Menores da Amadora, que, "se tivessem sido evitados, garantiriam que as crianças, de 11 anos, tivessem ido à escola".

Leia Mais: Caso Gémeas: Há factos que podem integrar prática de violência doméstica

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