"Ainda não estou na fase 'hardcore' de produção", revelou à agência Lusa Tiago Miranda, mais conhecido por Conan Osiris, acrescentando que "é daquelas coisas que, quando bater na cabeça, no outro dia está cá fora".
O cantor ganhou popularidade pela música "Telemóveis", com a qual ganhou o Festival da Canção organizado pela RTP e que, assim, o levou à Eurovisão. Contudo, preferiu chamar o seu estilo de "normalidade", garantindo que esse fator estará "sempre" presente em qualquer trabalho.
Em 2014, Tiago Miranda lançou "Silk", o seu primeiro álbum, editando depois "Música, Normal" (2016) e "Adoro Bolos" (2017) mas, apesar de ter ganhado maior mediatismo após a participação na Eurovisão, considera que não há muito que tenha mudado.
"O que mudou? Não sei, só mesmo a nossa evolução natural do 'show', da parte técnica e a parte criativa. Muda um bocadinho mais, mas faz parte da evolução natural e da escala natural, 'i guess'", disse à Lusa.
Conan Osiris também não conseguiu definir o seu público, até porque a diversidade é exatamente o que o caracteriza.
"A maneira mais fácil de perceber é admitir que é uma coisa 'bué' geral, de faixas etárias muito dispersas e de 'backgrounds' culturais também muito dispersos, o que, na realidade, faz sentido para mim, isso é também um bocado do meu próprio reflexo", explicou.
O artista falava à Lusa horas antes da sua atuação no festival Super Bock Super Rock (SBSR), onde, pelas 22:30, no palco Somersby vai mostrar novamente a sua "normalidade", mas pela primeira vez num palco maior.
Phoenix, Migos, Kaytranada, Janelle Monáe, Profjam, Charlotte Gainsbourg, Capitão Fausto e Ezra Collective estão entre as bandas e artistas que vão atuar no festival SBSR até sábado no Meco, concelho de Sesimbra.