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Viabilizado arranjo de passadiços em S. Martinho do Porto
O secretário de Estado do Ambiente, João Ataíde, comprometeu-se hoje a viabilizar a recuperação dos passadiços de S. Martinho do Porto, num investimento de cerca de 100 mil euros que a Câmara de Alcobaça se disponibilizou para assumir.
© iStock
País Alcobaça
O secretário de Estado reconheceu hoje ser "urgente" o arranjo dos passadiços que ligam as praias de S. Martinho do Porto (no concelho de Alcobaça) e de Salir do Porto (no concelho das Caldas da Rainha) e comprometeu-se a promover a assinatura de um protocolo, nesse sentido, entre "a Agência Portuguesa do Ambiente e a Câmara de Alcobaça, que está disponível para o efeito".
O anúncio foi feito nas Caldas da Rainha, onde João Ataíde participa numa reunião com autarcas da Comunidade Intermunicipal do Oeste (OesteCim), no âmbito da discussão da Estratégia Nacional do Ruído Ambiente (ENRA).
À chegada, o secretário de Estado foi interpelado por uma dezena de manifestantes, liderados pelo presidente da Junta de Freguesia de S. Martinho do Porto, Joaquim Clérigo, exigindo a reparação dos passadiços e o desassoreamento da baía.
"O assoreamento da baía é um problema cíclico" que, sendo da competência do Ministério do Mar, o governante se comprometeu a "dar boa nota para que a dragagem seja feita".
Mas na questão dos passadiços, João Ataíde assumiu a necessidade de estabelecer "uma parceria entre a APA e autarquia" para realizar a obra que a Câmara de Alcobaça se disponibilizou para custear.
"Trata-se de uma intervenção que é urgente e que coloca em perigo milhares de pessoas que utilizam os passadiços sobretudo no verão", disse o presidente da Câmara de Alcobaça, Paulo Inácio, à agência Lusa.
A estimativa do autarca é que a obra seja orçada em "cerca de 100 mil euros", montante que a câmara se dispõe a custear "com a condição de a propriedade dos passadiços ser transferida para o município".
Os termos do protocolo ainda vão ser definidos, mas Paulo Inácio afirmou aos jornalistas que "a obra poderá ter início logo a seguir ao verão".
No final da manifestação, o presidente da Junta de Freguesia de S. Martinho do Porto, Joaquim Clérigo, disse esperar agora "que se encontre também uma solução para o assoreamento da baía", sublinhando que está em risco a "entrada de embarcações".
Os bancos de areia que inviabilizam a navegação turística "impedem as atividades turísticas, a pesca e a apanha de algas", explicou Joaquim Clérigo, lamentando que os passadiços de S. Martinho do Porto foram construídos pelo então INAG (Instituto da Água) há cerca de duas décadas e que nunca foram alvo de manutenção.
As últimas dragagens de fundo na baía de S. Martinho do Porto foram realizadas em 2010.
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