Nos últimos dias o mar que rodeia o arquipélago dos Açores foi invadido por caravelas-portuguesas.
Os locais têm partilhado, nas redes sociais, fotos impressionantes de milhares de Physalia Physalis (nome científico) que chamam a atenção pelas suas cores. Contudo, a picada deste organismo pluricelular, composto por quatro pólipos, ou zooides distintos, é extremamente dolorosa.
O IPMA já tinha avisado, no mês passado, para a presença de caravelas-portuguesas nas costas das ilhas açorianas, da Madeira e até em algumas zonas de Portugal Continental.
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Sintomas e cuidados a ter após uma picada
De acordo com a Autoridade Marítima Nacional (AMN), as pessoas devem evitar qualquer contacto com este organismo venenoso.
“A caravela-portuguesa, que tem o nome científico de ‘physalia physalis’ vive na superfície do mar graças ao seu flutuador cilíndrico, azul-arroxeado, cheio de gás. Os seus tentáculos, podem atingir uma média de 30 metros e o seu veneno é muito perigoso”, referiu o AMN em comunicado, no início do mês de maio.
Segundo a AMN, os sintomas da picada incluem “dor forte e sensação de queimadura, irritação, vermelhidão, inchaço e comichão”. Algumas pessoas, especialmente sensíveis às picadas e venenos, podem ter reações alérgicas graves, como falta de ar, palpitações, cãibras, náuseas, vómitos, febre, desmaios, convulsões, arritmias cardíacas e problemas respiratórios.
Em caso de contacto, não deve coçar, esfregar, colocar água doce, álcool ou amónia, nem colocar ligaduras. Deve lavar com soro fisiológico, retirar os tentáculos, aplicar vinagre na zona afetada e aplicar bandas quentes ou água quente para avaliar a dor.