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Autarca de Santo Tirso renuncia a cargos. "Não é admissão de culpa"

Advogado do autarca afirma que decisão "não é admissão de culpa".

Autarca de Santo Tirso renuncia a cargos. "Não é admissão de culpa"
Notícias ao Minuto

21:10 - 02/06/19 por Filipa Matias Pereira

País Operação Teia

O autarca de Santo Tirso, Joaquim Couto, detido recentemente no âmbito da operação Teia, renunciou à presidência da Câmara e a todos os cargos públicos e privados de forma imediata. Porém, reforçou o advogado do arguido citado pela RTP, esta decisão "não é uma admissão de culpa".

Joaquim Couto e a mulher, recorde-se, foram detidos na passada semana pela Polícia Judiciária, que desenvolveu uma investigação centrada nas autarquias de Santo Tirso e Barcelos bem como no Instituto Português de Oncologia do Porto. 

O autarca e Manuela Couto foram já ouvidos pelo Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto, tendo o Ministério Público pedido prisão preventiva para ambos. Porém, a decisão do TIC só deverá ser conhecida esta segunda-feira, pelas 14h. 

Eleito pela primeira vez como presidente da Câmara de Santo Tirso em 1982, Couto foi sucessivamente reeleito até 1999. No segundo Governo de António Guterres, foi nomeado governador civil do Porto, mantendo-se nesse posto até 2002. Em 2013, voltou a candidatar-se e a ganhar a liderança da autarquia de Santo Tirso, tendo sido reeleito quatro anos mais tarde.

Também este sábado, em declarações à entrada do Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto, o causídico que tem a cargo a defesa do casal procurou desmontar as suspeitas lançadas ao presidente da Câmara de Santo Tirso e à empresária. 

Reportando-se às "alegadas viagens efetuadas pelo presidente da Câmara de Santo Tirso que se diz terem sido pessoais, mas a expensas do município", Nuno Brandão afirmou já ter sido "apresentada prova documental que revela que a parte das viagens de caráter pessoal, sem caráter institucional, foi custeada pelos próprios e não pela Câmara".

Nuno Brandão frisou também, sobre a atividade empresarial de Manuela Couto, que no processo em apreciação "já foi assumido por várias pessoas com responsabilidades decisórias neste processo que não se está a discutir nem a qualidade dos serviços, nem o preço dos serviços nem a efetividade dos serviços que foram prestados pelas empresas de Manuela Couto".

Já em relação aos restantes arguidos, Laranja Pontes, presidente do IPO Porto, saiu em liberdade mediante o pagamento de uma caução de 20 mil euros. Para o dirigente da instituição o Ministério Público pediu a suspensão das funções, a proibição de contactos com outros arguidos e funcionários do IPO. 

Em relação Miguel Costa Gomes, presidente da Câmara de Barcelos, a acusação pediu ao TIC que fosse decretada a medida de coação de prisão domiciliária. 

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