"O senhor ainda tentou ir travando o autocarro nas paredes"
Condutor do autocarro não acusou álcool no sangue.
© Global Imagens
País Madeira
Uma testemunha relata o momento em que o autocarro se despistou, no Caniço, ao final da tarde de ontem, vitimando 29 pessoas.
“Vi o autocarro e achei estranho porque se estava a desequilibrar (…) O senhor ainda tentou ir travando o autocarro nas paredes, mas chegou aqui, tomou balanço e galgou pela estrada”, disse à TVI 24 uma testemunha.
De acordo com aquilo que o Diário de Notícias da Madeira apurou esta quinta-feira, o condutor do autocarro, de nacionalidade portuguesa e que consta da lista de feridos, não acusou álcool no sangue.
A tese de falha nos travões ganha assim força, embora essa não seja uma informação oficial. Há ainda a possibilidade de o cabo do acelerador ter ficado preso.
“Os gritos dentro do autocarro era uma coisa ensurdecedora”, descreveu, elogiando a rapidez com que os meios de socorro chegaram. “Isso foi impressionante”, notou, confessando ter estranhado ver 20 e tal ambulâncias no local e não estarem a sair feridos em macas. “Vimos lençóis”, relatou.
De recordar que dos 29 mortos -11 homens e 18 mulheres -, 28 tiveram morte no local, e um já na unidade dos cuidados intensivos do Funchal para onde foram levadas todas as vítimas.
Na sequência da tragédia, tanto o Governo Regional como o Governo da República decretaram três dias de luto nacional. O Presidente da República viaja amanhã, sexta-feira, para o Fuchal.
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