O Presidente da República voltou a afirmar que nunca falou com o ex-diretor da Polícia Judiciária Militar (PJM), arguido no caso que investiga o furto e a Tancos, desmentindo assim, mais uma vez, as declarações do próprio feitas esta quarta-feira na comissão parlamentar de inquérito.
Sublinhando já ter desmentido esse facto há seis meses, Marcelo explicou que o que se passou foi “tão simples quanto isto”: “No fim da visita que fiz a Tancos, o senhor ministro da Defesa (Azeredo Lopes, na altura) chamou perto de mim o então diretor da PJM e disse-lhe que gostava de falar com ele. Nunca aconteceu isso. Até hoje”, garantiu.
“E olhando para trás, provavelmente, foi sensato nunca ter acontecido”, notou.
Marcelo enfatizou que o “Presidente da República quando diz uma coisa, diz uma vez, não diz mais”, garantindo que a única conversa que teve com o ex-diretor da PJM foi, nessa ocasião, e para lhe dizer “havemos de falar”. “Nunca falei. Estou feliz por nunca ter falado”, reforçou.
Sobre o caso, Marcelo disse ainda : “Continuo na minha. Nessa ida a Tancos eu disse que tem de apurar tudo até ao fim. Estamos a quase a dois anos do desaparecimento das armas, em junho, e os portugueses têm o direito de saber o que é que se passou, como é que se passou, no desaparecimento e no reaparecimento”.
Perante a insistência dos jornalistas, o chefe de Estado arrumou o assunto dizendo que o que tem a dizer "já disse". "Em boa hora nunca o convoquei, nunca tive oportunidade de falar com ele. Já disse o que aconteceu e já disse há seis meses”, rematou.
