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Degradação dos serviços deve-se a "opções políticas erradas" do Governo

O ex-Presidente da República Cavaco Silva responsabilizou hoje "opões políticas erradas" do Governo e da maioria de esquerda, como a descida do IVA da restauração, pela degradação na saúde, dizendo que "só se deixa enganar quem quer ser enganado".

Degradação dos serviços deve-se a "opções políticas erradas" do Governo
Notícias ao Minuto

15:34 - 03/04/19 por Lusa

Política Cavaco Silva

Na apresentação do livro 'A Reforma das Finanças Públicas em Portugal', do porta-voz do Conselho Estratégico Nacional do PSD, Joaquim Miranda Sarmento, Cavaco Silva defendeu ainda uma reforma urgente do sistema fiscal, considerando que "a equidade foi sendo substituída pela arbitrariedade" ao longo dos anos.

O ex-Presidente da República classificou como uma "medida profundamente errada e profundamente injusta" a descida do IVA da restauração pelo atual Governo dos 23 para os 13%, considerando que beneficia produtores e consumidores com rendimentos "acima da média".

"Não posso deixar de ligar a perda de receita com a descida do IVA da restauração à acentuada degradação da qualidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS). O benefício concedido ao setor da restauração está a ser pago pelos utentes do SNS sob forma de degradação da qualidade dos serviços que lhes são prestados, utentes que não dispõem de rendimentos para recorrer aos privados", defendeu.

A esta medida, o antigo governante associou também a descida das 40 para as 35 horas de trabalho semanal para os trabalhadores do setor da saúde para concluir: "É assim claro que a degradação dos serviços públicos da saúde se deve a decisões políticas erradas tomadas, provavelmente, com propósitos eleitoralistas".

"Estas medidas de profunda injustiça, atingindo sobretudo cidadão de baixos rendimentos, foram aprovadas não só pelo PS, mas também pelo PCP e pelo BE, o que ilustra bem a hipocrisia de partidos que procuram iludir os portugueses com falsos discursos de defesa dos mais desfavorecidos", disse.

"Por estas e por muitas outras, só se deixa enganar quem quer ser enganado", acusou.

A indecorosa prática de 'jobs for the boys'

Sem abordar casos específicos, Cavaco Silva defendeu também transparência nas nomeações para cargos dirigentes da administração pública, dizendo estar apenas a recuperar o que já escreveu em 2017 no livro 'Quinta-feira e outros dias'.

"Como se tem vindo a e verificar, a prática de 'jobs for the boys' é muito negativa para o país e para os portugueses. No livro que escrevi em 2017, classifiquei as situações deste tipo como indecorosas", realçou, sustentando ser por isso fundamental que a CRESAP (Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública) "volte a ser respeitada como entidade independente".

"É fundamental combater a tentação do poder político de a controlar", apelou.

[Notícia atualizada às 16h50]

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