No dia em que os britânicos voltaram a rejeitar, pela terceira vez, o Acordo de Saída, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que a situação do Brexit é uma situação que não pode voltar a repetir, uma vez que “está em causa a sobrevivência da União Europeia”. “Temos de estar unidos”, sublinhou o chefe de Estado.
Considerando que se fosse com outro país que não o Reino Unido, a UE teria a mesma “preocupação e compreensão”, Marcelo sublinhou que uma coisa é falar-se na saída, outra coisa é depois fazer as contas e perceber os “milhentos problemas” que isso acarreta “nas relações nas relações de toda a ordem económicas, comerciais, políticas e financeiras”.
E o exemplo do Brexit, notou Marcelo, formou uma unidade que na UE. “Os europeus perceberam - tendo posições políticas muito diferentes, pensando coisas diferentes sobre as migrações, os refugiados, sobre a político económica e financeira – que é “irrepetível”. “Ninguém mais pode voltar a repetir uma situação destas. Nesta situação temos de estar muito unidos porque está em causa a sobrevivência da União e ninguém gosta de se suicidar”, frisou.
Sobre o impasse do Reino Unido, Marcelo disse que a UE dará um sinal de compreensão, mas terá de receber também um sinal da parte do Reino Unido que o justifique. E, constatou, “nada permite concluir que haja esse sinal, se não houver é mesmo a saída, a rutura sem acordo, péssimo”. “Se houver o sinal, a UE, provavelmente como fez até agora, dará um sinal de compreensão, mas é preciso que venha um sinal do Reino Unido”, reforça por fim.