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Portugal a "nível europeu" nos indicadores da Inteligência Artificial

O ministro da Ciência e Tecnologia afirmou hoje que Portugal está "ao melhor nível europeu" nos indicadores de desenvolvimento e aplicação de Inteligência Artificial, defendendo que quanto mais o país participar na evolução daquela tecnologia "mais emprego" vai criar.

Portugal a "nível europeu" nos indicadores da Inteligência Artificial
Notícias ao Minuto

20:08 - 12/02/19 por Lusa

País Manuel Heitor

Em Braga, à margem do debate 'Building Digital Ecosystems for Innovation, Industrial Competitiveness and Convergence', no Laboratório Internacional Ibérico de Nanotecnologia (INL), Manuel Heitor defendeu que a Inteligência Artificial (IA) é um "fator critico" para a criação de emprego.

No mesmo sentido, o coordenador da "Estratégia Portuguesa de IA no contexto da UE", Alípio Jorge, defendeu que aquela tecnologia "não vai acabar com profissões", mas sim fornecer "assistentes inteligentes" e assinalou que a "onda" de IA está relacionada com a chegada às empresas e dessa forma à Economia.

"Portugal na IA está ao melhor nível europeu. Queremos é cada vez mais participar ativamente no contexto europeu e garantir que a IA também em Portugal crie emprego", afirmou Manuel Heitor.

Para o governante, se "há 10 anos havia o mito" que a IA ia substituir as pessoas nos seus empregos "hoje está afastado". "Hoje sabemos é que quanto mais participamos mais emprego criamos", realçou.

Também para Alípio Jorge, que apontou o final do mês de fevereiro para submeter o documento com a Estratégia Nacional para a IA a discussão pública, Portugal mostra indicadores de sucesso na área da IA.

"Nos últimos anos o que se nota é uma efervescência muito grande no campo da inteligência artificial no que diz respeito às empresas, mas temos que crescer em termos de oferta. Os licenciados, mestres e doutorados que formamos têm que ser produzidos em maior número", alertou.

Definindo "com alguma dificuldade" IA como "capacidade que um agente tem para inteligir a informação do mundo, compreender a informação do mundo e tomar boas decisões em função disso e dos seus objetivos", Alípio Jorge defendeu, tal como Manuel Heitor, que a tecnologia não vai tirar emprego ao homem mas sim "criar empregos diferentes" no futuro.

"Todas as profissões vão ser afetadas, mas positivamente. Por exemplo, a cirurgia robótica já existe e vai existir cada vez mais e podemos, no futuro, ter cirurgias feitas apenas por robots mas isso não vai dispensar os médicos, é neles que confiamos. Os médicos, como outros profissionais, vão ter assistentes inteligentes mais do que têm hoje em dia", apontou.

"Mais do que substituir é dar mais instrumentos às pessoas para serem mais produtivas", defendeu.

Alípio Jorge analisou ainda a crescente importância da IA na sociedade devido ao facto de aquela "ter saído" das universidades: "Esta onda da IA tem a ver com o facto de a IA ter chegado às empresas, ter chegado à economia, ela está há muitos anos nas universidades mas agora chegou à economia, ao crescimento", disse.

Segundo o responsável "está previsto um crescimento acrescentado nas economias dos países desenvolvidos por causa da IA" e "há essa corrida que é também para cada um dos países estar à frente na IA".

Como exemplo, apontou a comunicação do presidente dos Estados Unidos sobre a IA.

"A comunicação dos EUA, em particular, usa uma expressão que não é muito simpática para o resto do mundo, ao dizer 'nós [EUA] queremos manter essa vantagem'. Eu, como cidadão do mundo, preferia ver essa vontade em utilizar a IA para o crescimento de toda a sociedade, termos uma sociedade mais rica, onde as pessoas têm mais tempo também para o lazer", referiu.

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