Três dias, Armando Vara tem três dias para se apresentar na prisão

A juíza titular do processo Face Oculta deu, esta segunda-feira, mais três dias ao antigo governante para se apresentar no Estabelecimento Prisional de Évora, onde irá cumprir uma pena de cinco anos de prisão

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Notícias Ao Minuto com Lusa
14/01/2019 14:39 ‧ 14/01/2019 por Notícias Ao Minuto com Lusa

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Face Oculta

Informou fonte judicial, à agência Lusa, que a juíza titular do processo Face Oculta deu três dias para o arguido Armando Vara se apresentar em Estabelecimento Prisional de Évora para cumprir a pena de cinco anos de prisão a que foi condenado.

"A senhora juíza despachou há pouco o processo seguindo a promoção do Ministério Público", disse à Lusa o juiz presidente da Comarca de Aveiro, Paulo Brandão, explicando que foi concedido o prazo de três dias para Armando Vara se apresentar em estabelecimento prisional, sem o que serão emitidos mandados.

A ida de Armando Vara para a prisão foi atrasada devido ao atraso na entrega de alguns documentos no Tribunal de Aveiro, mas desde a passada sexta-feira - quando deram entrada -, Vara podia ser reconduzido a qualquer momento para o estabelecimento prisional.

Recorde-se que o antigo governante foi condenado em setembro de 2014 pelo Tribunal de Aveiro a cinco anos de prisão efetiva, por três crimes de tráfico de influência, no âmbito do processo Face Oculta.

O coletivo de juízes deu como provado que o antigo vice-presidente do BCP recebeu 25 mil euros do sucateiro Manuel Godinho, o principal arguido no caso, como compensação pelas diligências empreendidas em favor das suas empresas.

Inconformado com a decisão, Armando Vara recorreu para o Tribunal da Relação do Porto, que negou provimento ao recurso, mantendo integralmente o acórdão da primeira instância.

Vara interpôs novo recurso, desta vez para o Supremo Tribunal de Justiça, que não foi admitido, recorrendo então para o Tribunal Constitucional, que, em julho de 2018, decidiu "não conhecer do objeto" do recurso interposto. A defesa reclamou então desta decisão, sem sucesso.

A condenação transitou em julgado no passado mês de dezembro, após esgotadas todas as possibilidades de interposição de recurso. Nessa altura, o antigo ministro informou o Tribunal de Aveiro que aceitava o trânsito imediato da decisão condenatória, declarando que pretendia apresentar-se voluntariamente para iniciar o cumprimento da pena nos termos que lhe forem determinados.

O processo Face Oculta, que começou a ser julgado em 2011, está relacionado com uma alegada rede de corrupção que teria como objetivo o favorecimento do grupo empresarial do sucateiro Manuel Godinho nos negócios com empresas do setor do Estado e privadas.

Além de Armando Vara e Manuel Godinho, foram arguidos no processo o ex-presidente da REN (Redes Energéticas Nacionais) José Penedos e o seu filho Paulo Penedos, entre outros.

Na primeira instância, dos 36 arguidos, 34 pessoas singulares e duas empresas, 11 foram condenados a penas de prisão efetiva, entre os quatro anos e os 17 anos e meio.

Atualmente, ainda estão pendentes no Tribunal Constitucional os recursos de Manuel Godinho, José Penedos, Paulo Penedos, Domingo Paiva Nunes, Hugo Godinho e Figueiredo Costa.

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